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Seção Sindical dos Docentes da UFV
Trabalho por conta própria cresce e fica mais precário na pandemia, aponta DIEESE

A pandemia acentuou o cenário de precarização de quem trabalha por conta própria no Brasil, concluiu um boletim do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), publicado este mês. No fim de 2021, o número de ocupados era 0,2% maior do que no fim de 2019, Já o total de trabalhadores por conta própria cresceu 6,6% nesse período. 

Segundo o estudo, o rendimento dos trabalhadores, que começaram a atuar por conta própria na pandemia, equivale a apenas 69% do daqueles que iniciaram antes. O boletim evidencia também como os fatores raça e gênero precarizam ainda mais as condições: “as mulheres negras e os homens negros possuíam os menores rendimentos, tanto os que iniciaram o trabalho por conta própria mais recentemente quanto os que já estavam nessa condição antes da pandemia, na comparação com os não negros. Por esse mesmo motivo, o diferencial de rendimento entre os mais antigos e os mais recentes, no trabalho por conta própria, foi menor entre os trabalhadores negros”. Homens não-negros que iniciaram as atividades durante a pandemia recebem em média R$ 1.924. Já as mulheres negras, R$ 994.

Menor proteção social

O DIEESE destaca também que entre os trabalhadores que iniciaram as suas atividades há menos de dois anos, três de cada quatro não possuem CNPJ nem contribuem com a Previdência (74,2%). Importante ressaltar que mesmo entre aqueles que já trabalhavam por conta própria antes da pandemia, o percentual já era baixo (58,3%).

O estudo também apontou que a maior parte desses trabalhadores se concentra em atividades do comércio, transporte e alimentação e os mais recentes estavam, geralmente, em atividades de menor qualificação: “em relação ao tipo de ocupação, os trabalhadores por conta própria mais recentes estavam em atividades de menor qualificação, se comparados aos mais antigos. As proporções dos mais recentes eram menores que as dos mais antigos em profissionais das ciências e intelectuais; trabalhadores qualificados da agropecuária, florestais, da caça e da pesca; e trabalhadores qualificados, operários e artesões da construção, das artes mecânicas e outros ofícios”.

Leia o Boletim do DIEESE na íntegra aqui

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(Assessoria de Comunicação da ASPUV com informações do DIEESE)

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