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Seção Sindical dos Docentes da UFV
Servidores do Banco Central entram em greve e mais de 700 entregam cargos comissionados

Servidores do Banco Central (BC) estão em greve pela reestruturação da carreira e recomposição salarial. Após o início do movimento, no último dia 01º, o Ministério da Economia recebeu representantes dos trabalhadores, mas não houve acordo e o movimento permanece por tempo indeterminado.  De acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (SINAL), ainda não há nova reunião marcada.

Segundo o sindicato, mais de 60% dos servidores aderiram à greve. Pelo menos 725 também entregaram seus cargos comissionados como forma de protesto. O SINAL diz que o movimento pode afetar serviços financeiros, como a publicação de boletins e taxas, além do funcionamento do PIX.

O que os servidores do Banco Central reivindicam?

Os servidores do Banco Central são mais uma das categorias do funcionalismo mobilizadas pelo reajuste. Após três anos de congelamento salarial, os trabalhadores do BC pedem 26,3% de correção, além da reestruturação da carreira, reivindicação esta que já dura quase 20 anos. A pauta de mobilização foi decidida conjuntamente pelo SINAL, pelo Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central (SinTBacen) e pela Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil (ANBCB).

INSS já em greve e outras categorias mobilizadas

Poucos dias antes, servidores do INSS também deflagraram greve. A categoria pede recomposição salarial de 19,99%, índice referente à inflação acumulada durante o governo de Jair Bolsonaro, e denuncia o desmonte do instituto. O órgão acumula cerca de 3 milhões de processo aguardando análise. Importante lembrar que o volume de pedidos vai aumentar a partir da transferência das aposentadorias e pensões de parte dos servidores federais, entre os quais os das universidades, para o instituto. O último concurso para o INSS foi realizado há cinco anos e existe um déficit de 23 mil servidores, de acordo com a Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASP).

Além do INSS e do Banco Central, servidores federais de outras categorias também estão em mobilização. Organizados no Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e no Fórum das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), os trabalhadores lutam pelo reajuste emergencial de 19,99%, pela derrubada total do projeto de reforma administrativa e pela revogação do teto de gastos (Emenda Constitucional nº95).

A campanha unificada teve início em 18 de janeiro, quando foi protocolada, pela primeira vez, a pauta de reivindicações junto ao Ministério da Economia, mas, ate agora, o governo permanece sem abrir negociação. Ao longo desses quase três meses, os servidores realizaram diversas atividades como atos públicos e ações de comunicação. Recentemente, também foi criado o Comando Nacional de Mobilização e Construção da Greve. O objetivo é unificar as iniciativas da base, além de fortalecer a organização das diversas categorias do funcionalismo em todas as regiões do país.

(Assessoria de Comunicação da ASPUV com informações do SINAL)

1 comentário em “Servidores do Banco Central entram em greve e mais de 700 entregam cargos comissionados

  1. Não seria um bom exemplo a seguir dos funcionários do.BC se todos os professores comissionados entregassem os cargos?

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