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Seção Sindical dos Docentes da UFV
Reforma administrativa vai aumentar corrupção, alerta consultoria do Senado

A reforma administrativa vai aumentar a corrupção no Brasil e deve gerar um dano aos cofres públicos de R$ 115 bilhões. A conclusão é de um estudo feito pela Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle (Conorf) do Senado Federal, a partir do texto que trata da reforma, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32.

Mais corrupção

De acordo com a nota técnica, se vier a se concretizar, a reforma elevará a, pelo menos, 1 milhão o total de cargos de livre nomeação no serviço público brasileiro.  A PEC 32 retira dos servidores efetivos, inclusive os já em exercício, a exclusividade em cargos de atribuições técnicas de chefia. Ou seja, essas funções de confiança serão transformadas em cargos comissionados (“liderança e assessoramento”) com critérios de nomeação definidos em mero ato do chefe do Executivo. Citando juristas, a consultoria do Senado lembra que esses cargos concentram grandes escândalos de corrupção, uma vez que os seus ocupantes, por não estarem ligados à carreira pública, não possuem compromisso com ela. Além do que, estão suscetíveis a ostensivas pressões políticas por parte de quem os colocou na função.

O aumento da corrupção se dará ainda por outro dispositivo previsto na proposta. Trata-se do aumento  do escopo de possibilidades administrativas dos chamados “contratos de gestão”. “A primeira dessas é a possibilidade de serem criados procedimentos próprios para a contratação de bens e serviços. Uma vez que as compras governamentais são um dos mais tradicionais focos de corrupção, essa permissão amplia os riscos de sua ocorrência. Isso porque permite a constituição de um sistema jurídico absolutamente fragmentado, com uma multiplicidade de normas de compras, o que criará evidentes dificuldades para a atuação dos órgãos de controle e para o controle social (…). Além disso, normas específicas exigirão a construção de sistemas de informação também específicos, gerando enorme dificuldade para o acompanhamento e a comparação das aquisições e reduzindo a transparência, em um grande retrocesso em relação à recém aprovada legislação de aquisições”, alerta o estudo.

Serviços públicos menos eficientes

Outro impacto que a reforma trará será a redução da eficiência dos serviços públicos, na medida em que cargos que exigem conhecimento específico e técnico serão substituídos por indicações políticas. Além da possível falta de capacidade para a função, isso implicará a alta rotatividade.

“Ao invés de contar com um corpo permanente e profissionalizado, os órgãos podem passar a depender de uma força de trabalho com vínculos precários, sujeita a elevada rotatividade. Nesse cenário, é forte a tendência de as organizações se tornarem igualmente precárias, com graves problemas de perda de memória organizacional, dificuldades de planejamento, fragilidade da cultura organizacional, desenvolvimento profissional deficiente e elevada partidarização política. Trata-se de evidentes características de organizações de baixo desempenho, incapazes de responder adequadamente às demandas da sociedade, podendo voltar-se unicamente à satisfação dos vitoriosos do ciclo eleitoral mais recente”, diz a nota.

O estudo da consultoria do Senado pode ser lido na íntegra aqui.

(Assessoria de Comunicação da ASPUV)

 

3 comentários sobre “Reforma administrativa vai aumentar corrupção, alerta consultoria do Senado

  1. Impossível. Só se o partido que detonou com o Brasil voltar a administrá-lo, mas não vai acontecer! So Sorry. Por favor, nos informe sobre os merecidos 3,17%. São de professores antigos. Que construíram essa universidade. Como eu que ingressei em 1992. Atendam aos interesses dos sindicalizados. Estão pensando nos professores do futuro? Pensem nos do presente, por gentileza. Att

    • Prezada professora, bom dia. O setor jurídico da ASPUV responde sobre o seu questionamento:

      Sobre os 3,17 é a mesma situação: o processo está na Justiça Federal aguardando o encaminhamento da Secretaria do Juízo local que deverá encaminhar as ordens de pagamento bancário. Não há prazo para a realização deste, mas, acredita-se que até o final deste ano seja possível a sua realização.
      Att, Karl.

  2. Os partidos que são contra a reforma administrativo, são os que exploram os trabalhadores. Eles não estão defendo os trabalhadores comum, pelo contrário, os trabalhadores que ganham entre 1.000,00 a 5.000,00 tem que sustentar este grupo que o PT, PSol e outros da esquerda defendem e que ganham salários de 30.000,00 até 500.000,00

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