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O ministro da economia voltou a se valer da chantagem para pressionar pela aprovação das suas medidas de austeridade. Após condicionar o pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial à aprovação da PEC 186 (PEC Emergencial), o alvo agora é a reforma administrativa. Esta semana, Paulo Guedes disse: “seria um erro muito grande atrasar a reforma agora, porque quanto mais para o futuro a Reforma Administrativa ficar, mais dura ela vai ser. Se deixar para outro Governo lá na frente, ele será muito mais duro”.

A reforma administrativa é uma das prioridades do Governo Federal no Congresso, este ano. Após um acordo com a presidência da Câmara, a proposta (que tramita como Proposta de Emenda à Constituição – PEC – 32) foi desengavetada e está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O relator do projeto, inclusive, já garantiu que dará parecer favorável à sua admissibilidade.

Reforma administrativa destrói Estado brasileiro

A reforma administrativa é mais uma de um conjunto de medidas, que têm o objetivo de desmontar o Estado brasileiro, a exemplo da PEC Emergencial e do Teto de Gastos. Trata-se de uma série de profundas mudanças, que atingirão os futuros e atuais servidores, culminando no sucateamento total dos serviços públicos.

Entre outros pontos, a reforma acaba com a estabilidade, reduz o número de carreiras, cria novos códigos de conduta e dá plenos poderes ao Presidente para extinguir órgãos públicos inteiros sem o aval do Congresso.

A luta contra a reforma é uma das mais difíceis colocadas aos trabalhadores nos últimos anos. Para a manutenção dos serviços públicos e atendimento adequado à população, é imprescindível derrubá-la. A ASPUV convoca a categoria a se mobilizar contra esse gravíssimo ataque, que coloca em risco o futuro das universidades e de todo o Estado brasileiro.

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(Assessoria de Comunicação da ASPUV)