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Seção Sindical dos Docentes da UFV
Direitos dos professores só foram possíveis com a luta da ASPUV, destaca roda de conversa

Resgatar a história da ASPUV é o caminho para explicitar como todos os direitos da categoria docente foram conquistados, frutos de uma luta longa e contínua. Foi o que apontaram os professores, que participaram da roda de conversa Contação de Histórias da ASPUV, realizada na última quarta-feira (20). A atividade marcou a retomada do projeto de recuperação da memória do sindicato, que ocorre em duas frentes: a organização do arquivo físico e a gravação de depoimentos com professores.

Parte dos materiais do arquivo da ASPUV exposta durante a roda de conversa
Parte dos materiais do arquivo da ASPUV exposta durante a roda de conversa

A roda de conversa destacou fatos marcantes dos 59 anos de ASPUV, como a ampla participação da base nas assembleias, a realização de atos políticos, manifestações e até mesmo atividades esportivas envolvendo professores e servidores técnicos. Ex-diretores de diferentes períodos relembraram histórias e o prestígio da ASPUV, demonstrado no fato de haver um horário vago na semana, justamente para que os docentes pudessem participar das atividades do sindicato. A roda de conversa também destacou as greves como instrumento mais simbólico das lutas docentes. Entre os vários avanços daí decorrentes, estão recomposições e reajustes salariais, liberação de recursos para as universidades e a inclusão da classe de Titular nas carreiras do Magistério Superior e EBTT.

Os presentes ainda lembraram que a luta da ASPUV se deu em outras pautas fundamentais, além da carreira e da educação pública de qualidade. Foi lembrada, por exemplo, a participação do sindicato em conferências de saúde, sejam municipais, estaduais ou nacionais, que tiveram papel decisivo na efetivação do SUS.

Durante a roda de conversa, o ex-presidente do sindicato, Luiz Fontes, entregou um relato que escreveu na época em que esteve à frente da entidade (biênio 1990-92). São anotações sobre todas reuniões que participou no período. Há debates envolvendo, entre outros, a Reitoria, o AGROS, comandos de greve e o ANDES-SN, no momento no qual o sindicato nacional estava implantando o setor das federais. “Memória se apaga muito fácil, se não for devidamente cuidada. Minha história toda foi forjada em assembleia da ASPUV (…). Esse é um material que eu tenho muito orgulho”, disse ao doar os relatos, que ficarão devidamente acondicionados no arquivo da ASPUV.

Preservar o passado olhando para o futuro

A contação de histórias resgatou o passado da ASPUV de olho no futuro.  Preservar a memória é fundamental para reiterar o papel imprescindível da luta sindical. “É muito importante sobretudo para as gerações que vêm, as gerações novas de professores que entram na universidade, para dar continuidade ao nosso trabalho tanto de recuperação quanto de formação”, destacou o diretor da ASPUV, Cezar De Mari, que mediou a conversa e esta à frente da atual etapa do trabalho de recuperação da memória do sindicato.

Durante a atividade, foi exposta uma pequena amostra do material que a organização do arquivo da ASPUV está revelando. São fotos, jornais e outros documentos, como o convite, que circulou entre os docentes em 1963, para reuniões, que deram origem à Associação dos Professores da Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (APUREMG), atualmente ASPUV. Este material foi gentilmente cedido pela família do professor Otto Andersen, coordenador daquele movimento que deu origem à entidade.

Ao fim da roda de conversa, ficou a mensagem: os professores não perderam a capacidade de lutar e é essa capacidade que segue movendo a ASPUV rumo à construção de uma sociedade melhor não apenas para os docentes, mas para o conjunto dos trabalhadores. “Claro que as coisas mudaram, mas o sindicato continua em defesa da nossa trabalhadora, do nosso trabalhador e também articulando a sua defesa com os outros movimentos sociais e sindicais de Viçosa para que a gente consiga fazer não apenas da universidade, da educação pública, mas também da cidade um lugar melhor para se viver”, completou o presidente da ASPUV, Edilton Barcellos. 

Como parte desse processo de recuperação e preservação da sua história, a ASPUV está recebendo doações de documentos, fotos e outros materiais afins. Professores que possuírem algum e estiverem dispostos a contribuir podem procurar o setor de comunicação do sindicato pelo e-mail comunicacao.aspuv@gmail.com ou telefone (31) 3891-1428.

(Assessoria de Comunicação da ASPUV)

 

 

 

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