Campanha Nacional reivindica reajuste das bolsas de pós-graduação
Congeladas há quase nove anos, as bolsas de pós-graduação no Brasil perderam mais de 60% do seu poder de compra em decorrência da inflação acumulada no período. Diante desse quadro tão delicado, a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) relançou a campanha Reajuste das Bolsas Já!, um forma de pressionar o governo e garantir a recomposição dos valores pagos.
Entre as ações realizadas está um dia nacional de mobilização nesta quinta-feira (10). O objetivo é dialogar junto à sociedade sobre a importância da recomposição e valorização dos pesquisadores. Atualmente, as bolsas mensais de mestrado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) são de R$ 1,5 mil. Já as de doutorado, R$ 2,2 mil. Considerando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC/IBGE) desde março de 2013, quando ocorreu o último reajuste, os valores deveriam ser de R$ 2.452,10 e R$ 3.596,41, respectivamente.
Abaixo-assinado
Outra iniciativa da campanha é um abaixo-assinado virtual, que já soma mais de 63 mil contribuições. “Não é razoável que um país das dimensões e potencialidades do Brasil, com uma economia de médio a grande porte, trate com tamanho descaso aqueles que são responsáveis por 90% da pesquisa científica produzida, justamente esses que podem ser a solução para tirar o país prolongada crise econômica que infelicita a nação”, afirma a ANPG ao justificar a importância dessa ação.
A entidade destaca também que a desvalorização dos pesquisadores dificulta a saída da crise, na qual o país se encontra: “não é razoável que um país das dimensões e potencialidades do Brasil, com uma economia de médio a grande porte, trate com tamanho descaso aqueles que são responsáveis por 90% da pesquisa científica produzida, justamente esses que podem ser a solução para tirar o país prolongada crise econômica que infelicita a nação. Diante desse quadro, a falta de oportunidades e perspectivas tem agravado sobremaneira o fenômeno da fuga de cérebros – ou seja, nossos talentos, formados com recursos nacionais, são obrigados a deixar o país e contribuir com a produção científica de outros países”.
Para participar do abaixo-assinado pela recomposição da bolsas, clique AQUI.
*Crédito da imagem em destaque: ANPG
(Assessoria de Comunicação da ASPUV a partir de texto do Andes-SN)