Servidores entregam abaixo-assinado contra a reforma administrativa à Presidência da Câmara

11 de junho de 202111 de junho de 2021 Serviços Públicos

Servidores públicos realizaram uma manifestação em frente à Câmara dos Deputados contra a reforma administrativa. Após o ato, também foi entregue um abaixo-assinado com mais de 100 mil assinaturas ao presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), pedindo a suspensão da tramitação da matéria (Proposta de Emenda à Constituição 32).

“Em um momento tão difícil para a classe trabalhadora brasileira que sofre com o descaso do governo com a Covid-19, com a fome e o desemprego aumentando no país, a Reforma Administrativa é mais uma forma de precarizar a vida da população, pois se trata do desmonte dos serviços públicos para quem mais precisa de saúde, educação e assistência social. Manter uma agenda de mobilização, nesse sentido, é fundamental”, explicou a segunda secretária do Andes-SN, Francieli Rebelatto, presente no protesto.

O abaixo-assinado é uma iniciativa das frentes parlamentares em defesa do serviço público. O documento continua aberto e a oposição pretende alcançar 1 milhão de assinaturas. Para participar clique aqui.

Composição da Comissão Especial

O ato foi realizado no dia em que a Câmara instalou a Comissão Especial, que irá analisar o mérito da reforma administrativa. O colegiado é composto por 34 membros titulares e igual número de suplentes. Destes, quatro são deputados mineiros: Euclydes Pettersen, Licoln Portela (PL), Tiagro Mitraud (Novo) e Rogério Correia (PT). Os três primeiros já sinalizaram ser favoráveis à PEC. O deputado Fernando Monteiro (PP-PE) é o presidente da comissão e Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), o relator.

Pressão

A ASPUV orienta que a pressão sobre o deputados prossiga. Foram graças a ela e à articulação entre as entidades dos servidores públicos os avanços já obtidos até então, como a retirada de trechos da proposta original. Mas, diante da gravidade da proposta, é preciso barrá-la em sua totalidade.

Além do abaixo-assinado, que continua aberto, outro canal fundamental é a pressão nos deputados via e-mail, redes sociais ou diretamente por este link.