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Seção Sindical dos Docentes da UFV
Quinze motivos para ser contra o Future-se

O Future-se, projeto anunciado pelo Ministério da educação, é o maior e mais profundo ataque às universidades federais dos últimos anos, conforme classificou o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).

A proposta representa abrir caminho para a ampla privatização das instituições, por meio de medidas, que ferem a autonomia, o compromisso com o desenvolvimento social e o caráter crítico das instituições, instituindo a plena lógica de mercado.

Por isso, a ASPUV listou 15 motivos pelos quais o Future-se deve ser rechaçado.

Confira a seguir:

  1. O projeto foi construído de maneira autoritária sem consulta ou diálogo com a comunidade universitária;
  2. Retira a responsabilidade do Estado de fornecer educação aos brasileiros. O ensino e a ciência são setores estratégicos, por isso recebem maciços investimentos públicos nos países mais desenvolvidos e que mais cresceram nas últimas décadas;
  3. As atividades das instituições ficam a serviço do mercado e não da comunidade. Empresas querem lucro, não retorno social.
  4. A contratação sem concursos públicos põe fim à liberdade em sala de aula e na condução de pesquisas;
  5. O modelo de captação de recursos coloca em desvantagem universidades distantes dos grandes centros urbanos;
  6. Está articulado a outros projetos de desmoralização e sucateamento das universidades, como o contingenciamento orçamentário, o corte de bolsas e o fim da estabilidade dos servidores;
  7. Coloca freio no processo de democratização do acesso ao ensino superior público, que estamos vivenciando nos últimos anos;
  8. Fere de morte a autonomia das universidades, prevista na Constituição Federal, ao deixá-las subordinadas aos interesses do mercado;
  9. Entrega à iniciativa privada um patrimônio construído ao longo de décadas e que é do povo brasileiro;
  10. O governo não tirou do ensino superior para investir no básico. Diversos projetos da educação básica não receberam repasses federais este ano. Da mesma forma, é mentira que o Brasil gasta muito com as universidades. Em 2015 e 2016, 1% do PIB foi para o ensino superior;
  11. Quebra o tripé que norteia a universidade pública brasileira ao deixar completamente de lado a extensão;
  12. Universidade é muito mais do que só local de inovação. Par citar apenas alguns: é espaço de formação crítica e de trabalhadores qualificados; de formulação do pensamento brasileiro; de desenvolvimento de pesquisas com impacto social e de projetos de extensão, que atendam às demandas da população.
  13. E mesmo assim a inovação já está presente nas instituições. A maioria das startups brasileira vem de universidades públicas;
  14. Com o fim dos concursos e sem mais explicações sobre o assunto, não se tem garantias sobre como ficarão as condições de trabalho de técnicos e professores;
  15. O poder público é o grande responsável pelos investimentos em ciência no mundo! Nos Estados Unidos, 60% dos recursos para pesquisa são públicos. Na Europa, 77%.

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Sete mitos sobre a universidade pública brasileira

 

(Assessoria de Comunicação da ASPUV)

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