Viçosa volta a manifestar em defesa da educação e cobra valorização dos trabalhadores
Trabalhadores e estudantes de Viçosa voltaram às ruas na última quarta-feira (16), em mais um dia nacional de mobilizações. Organizado por entidades representativas, entre as quais a ASPUV, o ato público pediu a recomposição orçamentária para a educação e a ciência, manifestando-se contra os cortes e a política de sucateamento. Foi destaque a situação da UFV, que amarga queda de 42% nos seus recursos nos últimos três anos, considerando-se a inflação medida no período.
Os manifestantes também cobraram o piso salarial para os trabalhadores da rede básica. Em Minas Gerais, a categoria aprovou greve, reivindicando que o governador Romeu Zema (Novo) cumpra o pagamento, que é previsto em lei. No estado, a desvalorização é tamanha que os Auxiliares de Serviços da Educação Básica (ASB’s) não recebem sequer um salário mínimo. Os servidores federais também se somaram à mobilização e pedem 19,99% de recomposição salarial de modo a recuperar as perdas do últimos anos. O índice se refere à inflação acumulada durante o governo de Jair Bolsonaro.
Confira, a seguir, vídeo com registros do ato em Viçosa:
Dia de mobilizações em todo o Brasil
Em diversas cidades brasileiras, foram realizados atos na última quarta. Trabalhadores da rede básica convocaram a mobilização na luta pelo pagamento do piso salarial. Os servidores federais, organizados no Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e no Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), também aderiram como parte da campanha pela recomposição salarial. O funcionalismo colocou o dia como um ultimato para que o governo abra um canal de diálogo. Se, a partir de então, as negociações não começarem em um prazo de sete dias, promete deflagrar greve.
“Hoje é um dia de luta em defesa dos serviços públicos, em defesa da recomposição salarial das nossas categorias e das nossas carreiras. O ministro da Economia precisa ouvir e atender os 19,99% de reposição salarial. É o mínimo para que possamos enfrentar a inflação que esse governo estabeleceu no Brasil. Inflação que causa desemprego, fome e miséria. Nós do ANDES-SN estamos em conjunto e unidade de ação, com diversas categorias, em defesa dos serviços públicos, da educação e das universidades”, destacou o primeiro vice-presidente do ANDES-SN, Milton Pinheiros, durante o ato em Brasília (DF).
Servidores federais mobilizados desde janeiro
Em 18 de janeiro, os servidores, organizados no Fonasefe e no Fonacate, deram início a uma campanha de mobilização conjunta pela reposição de 19,99%. As categorias lutam ainda pela revogação do Teto de Gastos (Emenda Constitucional nº 95) e derrubada completa do projeto de reforma administrativa (PEC 32). Nesse dia, foi protocolada a pauta de reivindicações junto ao Ministério da Economia, mas, ate agora, o governo permanece sem abrir negociação.
Ao longo desses dois meses, os servidores realizaram diversas atividades como atos públicos e ações de comunicação. Recentemente, também foi criado o Comando Nacional de Mobilização e Construção da Greve. O objetivo é unificar as iniciativas da base, além de fortalecer a organização das diversas categorias do funcionalismo em todas as regiões do país.
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(Assessoria de Comunicação da ASPUV com informações do ANDES-SN)