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Seção Sindical dos Docentes da UFV
Vacinação já: Brasil é o epicentro da pandemia e entidades apelam à ONU

O Brasil é o país que mais registra mortes diárias pela Covid-19. Em crescimento, os óbitos se aproximaram dos 300 mil esta semana e o total de casos confirmados dos 12 milhões. O país é o novo epicentro global da pandemia, afirma a Organização Mundial da Saúde, e já corresponde a 30% das novas infecções diárias do planeta (lembrando que a população brasileira representa 2,7% da mundial).

Os números são alarmantes e o sistema de saúde entra em colapso. A taxa de ocupação de leitos de UTI já ultrapassa 80% em 22 estados e no Distrito Federal. A ampla vacinação também continua distante. Até o dia 11 de março, cerca de 5% dos brasileiros haviam recebido, pelo menos, uma das doses da vacina. E o problema é político, coo evidencia informação divulgada pela farmacêutica Pfizer. A empresa disse ter oferecido, ainda em 2020, 70 milhões de doses ao país, que começariam a ser distribuída já em dezembro. Mas o governo brasileiro não fechou acordo, sendo que, somente na última segunda-feira (08), após ampla repercussão dos casos, comprou de 14 milhões de doses, que devem chegar em maio e junho.

Não bastasse a ausência de medidas para diminuir a circulação do vírus e salvar vidas, a economia patina, milhões de brasileiros passam fome e o governo continua sem pagar uma nova rodada do auxílio emergencial.

Entidades da saúde apelam à ONU

Diante da situação drástica, esta semana, a Frente pela Vida, grupo que reúne centenas de entidades nacionais da área da saúde, acionou a Organização Mundial de Saúde (OMS/WHO) e o Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (OHCHR-UN). O apelo é para que alertem o governo brasileiro quanto à descoordenação das ações de saúde pública e o descontrole da pandemia no país.

“Os senhores estão certamente bem informados sobre o quadro atual da pandemia no Brasil e a insuficiente implementação das medidas preconizadas pela OMS em relação à prevenção da doença e à proteção social para diminuir a exposição, como evitar as aglomerações sociais e exigir o uso de máscaras faciais. A vacinação, importante instrumento para o controle da situação, tem enfrentado enormes desafios organizativos, dificultando o controle da pandemia. O Programa Nacional de Imunização, reconhecido mundialmente, tem uma história de sucesso que inclui a erradicação da varíola e a eliminação da poliomielite, além do controle de várias outras doenças transmissíveis. A dinâmica atual, contudo, contradiz essa história”, diz trecho do documento enviado às Nações Unidas.

Enquanto isso, em outros países…

O Brasil é o 19º país no ranking dos que mais vacinaram a sua população contra a Covid-19. Na ponta, estão Israel, Emirados Árabes, Reino Unido, Chile e o Bahrein. Na sequência, aparecem os Estados Unidos. Mas, por lá, a aplicação das doses avança a passos rápidos. Já são mais de 2 milhões de pessoas vacinadas por dia. Seguindo esse ritmo, a população estará totalmente imunizada em meados de setembro.

Cabe destacar, no entanto, que a vacina é um braço de uma série de outras ações mais imediatas e necessárias. Países que vacinaram percentualmente menos a população ou ainda nem iniciaram a imunização, tem um cenário muito melhor do que o do Brasil. No Vietnã, por exemplo, são 95 milhões de habitantes e apenas 300 casos confirmados da doença desde o início da pandemia. A China com seus mais de 1,3 bilhão de habitantes registrou 90 mil casos da Covid-19.

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(Assessoria de Comunicação da ASPUV)

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