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O orçamento  liberado para a UFV em 2021 é cerca de 33% menor do que o executado no ano anterior: R$ 59,6 milhões ante R$ 89,6 milhões. Os números foram apresentados pelo reitor Demetrius David da Silva em uma plenária virtual, nessa segunda-feira (17), que teve a ASPUV como uma das suas realizadoras.

“Isso nos assunta e nos preocupa muito, particularmente porque o ano de 2022 tende a ser muito mais complexo com a previsão de retorno presencial (…). Se a base do PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) 2022 for a Lei Orçamentária Anual de 2021 nós vamos estar em uma situação extremamente complexa”, disse o reitor.

Para 2021, a Lei Orçamentária Anual previa repasse de R$ 70,8 milhões à UFV para as chamadas despesas discricionárias. Não bastasse o valor enxuto, uma parcela foi bloqueada por meio de decreto. Os cortes atingem todas as áreas, com especial destaque para a queda de 100% nos investimentos, ou seja, estão zerados os recursos para novas obras e compra de equipamentos.

“Na verdade, a proposta de cortes orçamentários nas instituições federais de ensino ultrapassa a ideia a questão orçamentária e econômica propriamente. Eu subverteria esse título e falaria em apagão. Não é nem uma crise, é um apagão (…). Nós estamos falando de uma disputa de visões de mundo, disputas de modelo de educação, de pesquisa, de instituições de ensino superior”, destacou a professora do Departamento de Ciências Sociais, Daniela Rezende, também debatedora na plenária, que contou ainda com a participação do coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Gilson Reis; e da vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Elida Elena.

A atividade foi uma realização da ASPUV, ASAV, ATENS, Sind-UTE, SINPRO MG, DCE-UFV e comitê Quem Luta Educa Viçosa.

Confira a plenária na íntegra abaixo:

(Assessoria de Comunicação da ASPUV)