Servidores definem agenda de mobilizações por reajuste e em defesa dos serviços públicos
Integrantes do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), entre os quais o Andes-SN, aprovaram um calendário de mobilizações em reunião ocorrida nesta sexta-feira (14). Já na próxima terça (18), engrossarão o Dia Nacional de Luta, Mobilização e Paralisação, convocado pelo Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate). Na data, será protocolada a pauta de reivindicações do funcionalismo junto ao Governo Federal, no Ministério da Economia e no Palácio do Planalto. Em Brasília (DF), haverá também um protesto em frente ao Banco Central.
Conforme o calendário aprovado, ainda em janeiro, será realizada uma plenária ampliada com o conjunto dos servidores públicos e, no início de fevereiro, um ato no Congresso Nacional, marcando a abertura do ano legislativo. Na sequência, estão programados atos nos estados para pressionar pela abertura de negociação e dialogar com a sociedade sobre a importância das reivindicações. Caso o governo não dialogue, está colocada a possibilidade de construção de uma greve geral a partir de março.
“Avaliamos que foi essa construção da unidade na luta que levou às grandes mobilizações feitas em 2021 e, em especial, à vitória da luta contra a PEC 32, para garantir que a proposta não fosse votada no ano passado. Conseguimos também reabrir esse debate com a sociedade, sobre a importância dos serviços públicos e dos servidores, o que ajudou a pressionar os deputados. Foi em nome dessa unidade que pautamos, na reunião do Fonasefe, a construção da greve e tiramos um calendário de mobilizações e luta. Temos uma jornada de luta a ser construída em fevereiro, protocolaremos nossa pauta de reivindicações dos servidores na próxima semana, que tem como ponto principal de pauta o realinhamento salarial”, disse a presidente do Andes-SN, Rivânia Moura.
Reivindicações
Conforme deliberação da última reunião do setor das federais do sindicato nacional, os docentes se mobilizam pela reposição salarial, por melhores condições de trabalho, pela revogação da Emenda Constitucional nº 95 (Teto dos Gastos) e contra a reforma administrativa (PEC 32). Também foi encaminhada a construção de uma pauta específica da educação com as demais entidades representativas da área. Embora não tenham recebido reajustes antes de 2019, a reivindicação dos servidores que será protocolada junto ao governo focará nas perdas acumuladas durante o governo de Jair Bolsonaro, que já somam 19,99%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA/IBGE).
“A pauta tem sido construída nesse sentido da reivindicação salarial, mas também incluído a derrubada da PEC 32 e a questão da revogação da EC 95, pois entendemos que ela é um dos fatores principais que fez com que a pauta salarial e todos os outros direitos da classe trabalhadora tenham sido esmagados em nome do ajuste fiscal”, explicou Rivânia.
(Assessoria de Comunicação da ASPUV a partir de texto do Andes-SN)
ABSURDO
Duvido que tenha pessoas honestas e justas estariam nesta mobilização. É justo e honesto ganhar salário acima do teto em um país em que a maioria vive de salário mínimo? Se fosse no setor privada aí sim, pois estariam participando no crescimento econômico do país, mais serviço público, o que produz para o desenvolvimento econômico?