Roda de conversa aborda cotidiano e problemas enfrentados pelas mulheres na UFV
A situação da mulher dentro da UFV foi discutida durante uma roda de conversa, realizada pela Aspuv nessa quarta-feira (08). Três convidados falaram sobre assuntos relacionados a esse tema e, na sequência, dialogaram com o público sobre questões levantadas durante a atividade.
Quem começou os trabalhos foi o cientista social Flávio Conceição, autor de uma pesquisa que levantou o número de docentes mulheres e docentes negros dentro da universidade. O trabalho foi focado nos professores dos cursos de graduação e apontou que deles somente 39% são do sexo feminino, 6% pardos e apenas 1,74% negros. Entre as mulheres, foco do debate, 7,49% são pardas e 3,29% negras.
A segunda exposição foi a da professora do curso de Educação Infantil e coordenadora dos Laboratórios de Desenvolvimento Humano (LDH) e Infantil (LDI) da UFV, Maria de Lourdes Barreto. Ela falou sobre a assistência prestada às mães dentro da instituição, como funcionam o LDH e o LDI, além do benefício recebido pelos funcionários da universidade que tenham dependentes em idade pré-escolar. A docente destacou ainda como a grandes conquistas relacionadas aos direitos das crianças e dos adolescentes vieram por meio da luta das mulheres.
Na sequência, a defensora pública Ana Flávia Diniz tratou sobre os assédios moral e sexual. Ela diferenciou os dois termos, explicando que o moral é relacionado a uma espécie de “terrorismo psicológico no trabalho” feito de forma sistemática, já o sexual é uma intimidação de caráter sexual que pode ocorrer de forma sutil ou até mesmo com chantagens, por exemplo. A convidada falou sobre a importância das mulheres se atentarem a essas práticas e a importância de juntar provas, quando elas ocorrem (como mensagens em redes sociais).
Por fim, depois das três falas, a conversa foi aberta ao público que pôde fazer perguntas e opinar sobre os assuntos debatidos e situações pelas quais já passou ou viu na universidade.
Durante a atividade na manhã dessa quarta-feira, ainda foi inaugurada uma exposição de fotos sobre a história da mulher na UFV. São registros que mostram o começo tímido delas na universidade até s dias de hoje, com uma presença maior e mais forte. A mostra vai ficar na sede da Aspuv até o fim do mês.
Uma segunda roda de conversa, promovida pela seção sindical em março, está marcada para o dia 22. Desta vez, para discutir a saúde da mulher. As duas fazem parte da programação da seção sindical relacionada ao mês da mulher, que também incluiu palestras e atividades culturais. A lista completa de eventos está disponível aqui.
(Assessoria de Comunicação da Aspuv