Proposta do orçamento 2022 não prevê reajuste para os servidores
O Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2022, elaborado pelo governo, não inclui a possibilidade de reajuste para os servidores públicos. “Não tem previsão de reajuste, o orçamento está muito apertado”, disse o secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal. Se mantida a proposta, este será mais um ano de salários congelados. Em 2021, a única categoria contemplada com reajuste foram os militares.
“Não é possível garantir que a correção dos salários não seja feita (…) 2022 é ano de eleição, não se pode aumentar despesa; em 2023, o eleito pode autorizar a correção, mas para 2024. Portanto, o reajuste tem que ser dado agora, principalmente diante da insistente alta da inflação que corrói o poder de compra. Acho que Bolsonaro não vai querer ser taxado de presidente que não deu aumento em quatro anos de gestão, nesse período eleitoral”, disse o presidente do Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, em entrevista ao Correio Braziliense.
Investimento com pessoal menor em 2022
Os salários congelados em 2022 são parte da estratégia de retirada de direitos e desmonte dos serviços públicos brasileiros. Para se ter ideia do sucateamento, as despesas com pessoal previstas para o ano que vem são menores do que as de 2021 frente ao Produto Interno Bruto (PIB): 3,6% do PIB x 3,8%. O total de investimentos na aérea proposto pela equipe econômica é inferior inclusive ao que estava previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), divulgada no início de agosto.
Outro dado que ajuda a exemplificar o cenário é o número de admissões no serviço público federal. O ano de 2020 encerrou com o menor quantitativo em quase duas décadas. Ingressaram 6,7 mil estatutários, metade do registrado em 2019, quando foram 13,4 mil.
(Assessoria de Comunicação da ASPUV com informações da Sedufsm, Correio Braziliense e portal G1)