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A vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (ADUFERPE S. Sindical), a professora Erika Suruagy, foi intimada a depor na Polícia Federal por conta da colocação de outdoors, em uma campanha realizada por sindicatos da educação do estado. Os materiais traziam a foto  do presidente Jair Bolsonaro e dizeres como: “o senhor da morte chefiando o país. No Brasil, mais de 120 mil mortes por COVID19. #FORABOLSONARO”.

O inquérito criminal foi aberto a pedido do próprio Bolsonaro. “Trata-se de um brutal ataque à mais elementar liberdade de expressão garantida constitucionalmente. É uma tentativa de calar opiniões e intimidar o legítimo e livre exercício da atividade associativa. Por outro lado, no mérito, a crítica ao governo federal externada no outdoor – e que pode facilmente ser estendida a outras esferas de governo – revelou-se desgraçadamente justa: à época eram 120 mil mortes a lamentar, hoje já são quase 300 mil”, diz a ADUFERPE em nota. O sindicato ressalta ainda que não há qualquer base legal para a instauração de um processo do tipo, conforme assegura a sua assessoria jurídica.

Andes-SN repudia censura

O Andes-SN também reagiu ao caso. Classificou o episódio como um ataque absurdo e afrontoso às liberdades políticas previstas na Constituição Federal de 1988. Lembrou ainda que vem no bojo de uma série de outras ações que visam censurar professores e as universidades brasileiras, como o ofício que proibia manifestações nas instituições de ensino e o processo administrativo sofrido por dois professores da UFPEL, por terem criticado o presidente em uma live.

Leia aqui nota da ADUFERPE sobre intimidação à professora Erika Suruagy e ao sindicato.

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*Na foto em destaque, outdoor que integrava a campanha

(Assessoria de Comunicação da ASPUV)