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Seção Sindical dos Docentes da UFV
Passado um ano, militares não zeraram fila e INSS tem 1,4 mi de benefícios em análise

Passou-se um ano e os militares contratados pelo governo Bolsonaro não zeraram a fila de pedidos de benefícios no INSS, conforme alardeado na época. De acordo com o jornal Folha de São Paulo a lista de espera, em janeiro de 2020, era de 1,6 milhão de solicitações com mais de 45 dias para a análise. Em junho de 2021, dado mais recente, o total é de 1,4 milhão na espera. O grupo de militares contratos custa R$ 114 milhões ao ano, valor que poderia ser investido em medidas realmente efetivas, como a admissão de novos servidores.

Relembre o caso

Em janeiro do ano passado, ganhou bastante repercussão a demora na concessão de benefícios do INSS, reflexo direto do sucateamento do órgão. O Governo Federal admitia o atraso em 1,3 milhão de aposentadorias e outros 700 mil benefícios. A Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), no entanto, falava em 3 milhões de pendências.

Diante das filas, que não paravam de crescer, foi anunciada a convocação de 7 mil militares da reserva para atuarem no órgão com a promessa de resolverem o problema. Medida, de imediato, criticada pela entidade representativa. “O INSS não precisa de intervenção militar e sim um projeto de gestão voltado para sua missão institucional, como concurso público, investimento na carreira do Seguro Social e na saúde do(a) servidor(a), para assim atender aos milhões de brasileiros e brasileiras que necessitam dos benefícios e serviços da Previdência Social”, disse a Fenasp à época, quando chegou a ingressar com ação judicial para tentar impedir a contratação dos militares.

INSS sucateado

As filas  são reflexo direto do sucateamento do INSS, cujo último concurso foi realizado há cerca de seis anos.

Um levantamento do portal Metrópoles, feito a partir de dados do governo,  mostrou que são mais de 30 os órgãos públicos federais, nos quais há menos trabalhadores em atividade do que vagas disponíveis. Destes, o INSS é o com a situação mais drástica. São 20,3 mil servidores para um total de 42,4 mil vagas aprovadas, ou seja são 22,1 mil postos sem preenchimento.

*Crédito da foto em destaque: Agência Brasil

(Assessoria de Comunicação da ASPUV com informações da Folha de São Paulo)

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