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“Mulher e racismo” vai ser o tema da segunda edição do “Aspuv debate” realizada pela seção sindical neste mês de março. A palestrante será a advogada e presidente do Instituto Geledés, Maria Sylvia de Oliveira. Entre os temas que serão abordados, estão questões de gênero e raça, violência contra a mulher e feminismo negro. A atividade vai ser aberta ao público e está marcada para as 18h, na sede da Aspuv.

Diversos levantamentos apontam que a mulher negra é mais vítima de violência do que a branca no Brasil. Segundo dossiê elaborado pelo Instituto Patrícia Galvão, que reuniu diversos estudos sobre o assunto, no país, as negras têm duas vezes mais chance de serem assassinadas do que as brancas, representam 68,8% das mulheres mortas por agressão, 58,8% das vítimas de violência doméstica e 65,9% das de violência obstetrícia. O Mapa da Violência 2015 ainda apontou que, enquanto houve uma queda de 9,8% no número de homicídio de brancas entre 2003 e 2013, o de negras subiu mais de 54% no período.

As negras enfrentam ainda mais dificuldade de inserção e piores condições no mercado de trabalho. Nota técnica elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que, em 2014, a mulher negra ganhava menos de 40% do equivalente ao homem branco e 39,08% das ocupadas estavam inseridas em relações precárias de trabalho.

A palestrante

Maria Sylvia Aparecida de Oliveira é advogada, pós-graduada em Direito Empresarial e em Direito Tributário, militante e ativista de Movimento Negro e de Mulheres Negras. Desde 2015, é presidente do Geledés-Instituto da Mulher Negra. É também vice-presidente da Comissão da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil e membro da Comissão de Igualdade Racial, ambas da OAB de São Paulo. Integra o Conselho Deliberativo do Instituto Patrícia Galvão.

(Assessoria de Comunicação da Aspuv)