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Seção Sindical dos Docentes da UFV
Movimento conservador tenta censurar sindicato docente da UFJF – ApesJF

Uma placa afixada pela Associação de Professores de Ensino Superior de Juiz de Fora (ApesJF – Seção Sindical do Andes-SN) em frente à sua sede virou alvo de investidas por parte do movimento conservador Direita Minas. O cartaz em questão traz os dizeres “Luto por vida”, “#BastaBolsonaro” e “Vidas importam!”.

Cartaz afixado na porta da ApesJF (crédito: ApesJF)

A representante do movimento na cidade, Roberta Lopes, solicitou à reitoria da UFJF a retirada da placa. Em carta, justifica o pedido pela “escalada de confrontos entre grupos políticos adeptos de correntes político-partidárias divergentes, dentro e fora no ambiente universitário, inclusive nas redes sociais”. Contraditoriamente, uma vez que o banner se posiciona a favor da vida, afirma ainda que da ApesJF se esperaria “uma posição de vanguarda na luta contra a propagação do Coronavírus e também contra o aumento do número de óbitos, e não o acirramento dos ânimos no conturbado contexto político-partidário”.

O ofício também foi protocolado junto ao Ministério da Educação (MEC). Em suas redes sociais, Roberta Lopes, além de coordenadora do movimento Direita Minas  Juiz de Fora, identifica-se como coordenadora do Mães pelo Escola Sem Partido MG, conservadora, anti-feminista, cristã e armamentista.

Ao jornal Tribuna de Minas, a reitoria da UFJF reafirmou que o espaço onde se encontra o cartaz é gerido pela seção sindical.

Censura é ilegal, lembra ApesJF

Em nota, a ApesJF destaca que “o banner exposto na fachada da sede, localizada no interior do campus da UFJF, compõe-se de manifestação em repúdio aos projetos do governo de desmonte dos serviços públicos, aos ataques aos servidores, de ‘luto simbólico’ pelos milhares de mortos recentes por Covid-19 e em defesa das vidas negras”.

A seção sindical lembra ainda que, no último dia 14 de maio, o Supremo Tribunal Federal reafirmou o direito constitucional à livre manifestação de ideias nas universidades, não cabendo, portanto, questionamentos quanto à legalidade da manifestação. E termina afirmando que “repudia veementemente as mentiras propagadas nas mídias sociais sobre a manifestação, demonstrando a importância e a necessidade da intensificação da luta contra o racismo e o fascismo na sociedade”.

(Assessoria de Comunicação do Andes-SN com edições da ASPUV)

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