Aspuv

Seção Sindical dos Docentes da UFV
Greve pressiona, mas governo mantém reajuste zero em 2024: confira o que foi proposto

O governo insistiu no reajuste zero em 2024 para os docentes federais na quarta reunião da Mesa Específica e Temporária entre entidades representativas e os Ministérios da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Educação (MEC), realizada na última sexta-feira (19). Em contrapartida, mudou os índices colocados para os próximos dois anos: no lugar de 4,5% de correção em 2025 e outros 4,5% em 2026, apresentou 9% em 2025 e 3,5% em 2026.

Também houve um avanço tímido em aspectos da carreira docente, especificamente no que diz respeito a progressões e promoções. A nova proposta altera os percentuais relativos aos steps (a diferença salarial recebida pelo professor toda vez que avança na carreira). O valor passaria dos atuais 4%, para 4,5%. 

O governo ainda propôs a garantia do prazo de até seis meses para pedidos de progressão/promoção sem perder a retroatividade, respeitando-se os critérios estabelecidos em cada instituição. No entanto não deu certeza quanto ao reconhecimento do tempo trabalhado entre a implementação da Instrução nº 66/2022 (cuja derrubada é um dos itens da pauta de reivindicações) e a sua revogação.

Sobre o ponto eletrônico, pauta de grande importância para os docentes EBTT, o Executivo disse aceitar a sua retirada. Não deu, porém, garantias de revogação da Portaria nº 983/2020, que trata sobre o controle de frequência e aumentou a carga horária mínima em sala de aula para os professores dessa carreira.  

Por fim, em relação aos benefícios, foram mantidos os valores já apresentados: o auxílio-alimentação passa de R$ 658 para R$ 1 mil; a assistência pré-escolar, de R$ 321 para R$ 484,9 e o valor per capita da saúde suplementar, dependendo do escalonamento, pode ser reajustado em 51%. 

Avaliação do ANDES-SN

Na avaliação do ANDES-SN, a proposta apresentada nessa sexta mostra que, pressionado pela greve, o governo encontrou espaço no orçamento para avançar na discussão do reajuste. “A greve da educação fez o governo se movimentar de uma inércia de meses. Encontrou mais espaço no orçamento e atendeu pedidos que há muito vinham sendo pleiteados pela categoria docente, que sequer arranhavam o erário. É ainda uma movimentação tímida, mas revela o quanto a greve é meio eficaz na conquista de avanços e vitórias em defesa do serviço público. A crescente de mobilização aponta certamente que há mais que podemos conquistar”, apontou.  

Acompanhe o informe da reunião com a primeira tesoureira do ANDES-SN, Jennifer Webb, e o integrante do Comando Nacional de Greve, João Paulo Chaib:

A proposta apresentada nesta quarta reunião da Mesa Específica e Temporária será encaminhada para deliberação das bases, em rodada de assembleias que ocorrerão entre os dias 22 e 25 de abril. A da ASPUV será na quinta-feira (25), às 14h30, conforme convocação que sairá nos próximos dias.

(Assessoria de Comunicação da ASPUV a partir de texto do ANDES-SN)

2 comentários sobre “Greve pressiona, mas governo mantém reajuste zero em 2024: confira o que foi proposto

    • Bom dia Juliana. Os docentes que não tem filhos não tem direito ao auxilio creche. Então, permanecem sem receber o benefício. É esta a dúvida? O auxílio creche, ou pré-escolar, é dirigido aos filhos dos servidores públicos que ainda não ingressaram no ensino fundamental I (antigo 1o grau), na maioria dos casos, até 6 anos, conforme legislação. Para ter acesso ao benefícios é preciso solicitar junto à seção de pessoal de sua unidade.

Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.