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Reconhecendo não ter o apoio suficiente hoje para a aprovação da reforma administrativa (PEC 32), o Governo Federal deve abrir o cofre e torrar mais de R$ 6 bilhões para garantir os 308 votos necessários no plenário da Câmara dos Deputados. Segundo informações do jornal Correio Braziliense, o presidente da casa, Arthur Lira (PP/AL) , e o ministro da economia, Paulo Guedes, definiram o valor de R$ 20 milhões em emendas para cada deputado que se manifestar favoravelmente à proposta. A farra seria destinada aos parlamentares da base bolsonarista e do Centrão.

De acordo com a reportagem, Lira já teria comunicado à equipe econômica sobre a necessidade de liberar as emendas parlamentares não impositivas,  ou seja, aquelas que não têm a sua execução obrigatória no Orçamento da União, para tentar alcançar os votos necessários. A soma total atingiria R$ 6,16 bilhões , dinheiro este que seria liberado por meio de emendas do relator do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2022 , o deputado Hugo Leal (PSD/RJ). 

A notícia sobre a negociação bilionário foi veiculada na mesma semana em que o Governo Federal cortou 90% dos recursos destinados à ciência brasileira e vetou a distribuição de absorventes a mulheres em condição de vulnerabilidade, para combate a pobreza menstrual, sob alegação de falta de recursos.

Mobilização contra a reforma administrativa

O governo e a Presidência da Câmara reconhecem a dificuldade para aprovar a PEC 32. Esse cenário é fruto de uma intensa e crescente mobilização. 

Em Brasília, há semana, sindicatos de todo o Brasil, como o Andes-SN, fazem uma espécie de vigília. Entre as ações realizadas, estão atos no aeroporto para recepcionar os deputados, visitas aos gabinetes  e protestos cotidianos em frente ao Anexo 2 da Câmara.

Paralelamente, a mobilização ocorre também nas redes sociais. A orientação, nesse sentido, é ir aos perfis dos parlamentares e exigir que eles rejeitem a PEC 32. Essa cobrança também pode ser feita enviando mensagens no e-mails e WhatsApp. A ferramenta Na Pressão disponibiliza os canais de comunicação de todos os deputados. Funciona de forma muito simples: basta escolher o parlamentar e o canal, pelo qual quer pressionar. Para acessá-la clique aqui. O Na Pressão contabiliza, até o momento, 296 deputados favoráveis à proposta e 88 indecisos. Para ser aprovada, a reforma precisa de 308 votos favoráveis em dois turnos.

Ainda nas redes sociais, outras estratégia é o compartilhamento de conteúdos, que explicam os perigos contidos no projeto. É importante mercar as hashtags* ligadas à mobilização (como #PEC32não), de modo a se aglutinar o maior volume de conteúdos relacionadas à rejeição à PEC 32.

Outra forma de pressão é pelo abaixo-assinado que será entregue à Presidência da Câmara. Mais de 140 mil assinaturas foram recolhidas e a meta é chegar às 150 mil. Clique aqui para participar. 

*hashtags: palavra ou expressão antecedida por cerquilha – # -, que permite a indicação e o agrupamento de conteúdos relacionados em determinada rede social.

(Assessoria de Comunicação da ASPUV)