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Seção Sindical dos Docentes da UFV
Governo não avança, docentes em greve ocupam MGI e conseguem agenda na próxima semana

Diretores e representantes dos Comandos de Greve do ANDES-SN e do Sinasefe voltaram a se reunir com representantes do governo no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), nessa segunda-feira (3). O encontro foi agendado na última semana, após a insistência das entidades sindicais em ouvir uma resposta sobre a contraproposta da categoria docente.

Diferentemente da reunião passada, nesta também estavam presentes o representante da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC), Fernando Antônio dos Santos Matos, e as deputadas federais Fernanda Melchionna (PSOL/RS) e Dandara Tonantzin (PT/MG).

Apesar da postura mais receptiva, o governo manteve a intransigência na possibilidade avançar nas negociações. O secretário de relações de trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, reiterou a proposta apresentada nas últimas reuniões, a mesma já rejeitada amplamente pelas bases e que consta no acordo assinado com a Proifes, suspenso pela Justiça Federal. Segundo o secretário, não há margem para avançar nem seria agendada nova reunião até que surja um cenário diferente.

As deputadas federais, que assinam uma carta em apoio à greve docente, apontaram, então, a possibilidade de ser apresentado um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) para garantir a reposição da inflação de 2024 (de 3,69%) à  categoria. De acordo com relatos da reunião, Feijóo sinalizou que, se as parlamentares conseguissem articular o PLN e dialogar com a ministra Esther Dweck, as reuniões poderiam ser retomadas. Disse ainda que, somente na sexta-feira (7), apresentaria uma data para o encontro com os técnicos administrativos.

Ocupação do MGI e novas reuniões

Diante desse cenário, os representantes dos docentes decidiram, então, ocupar a sala do MGI, onde ocorria a reunião, até que fosse apresentada uma agenda para a continuidade das negociações. Após cerca de duas horas, veio a vitória com o governo confirmando duas reuniões no Ministério da Educação, na próxima semana: na terça-feira (11) com os técnicos e na sexta (14) com os professores.

“Nos foi colocado que seria impossível ter uma data para negociação das demandas dos professores e dos técnicos. Se cedêssemos e não insistíssemos, se não colocássemos em prática os bons métodos que nossa classe construiu, sairíamos sem qualquer resposta (…). Avançamos porque elegemos as boas e melhores práticas. Intensifiquemos nossas lutas e nossas ações. Nesse momento, nossas categorias seguem pulsantes. Hoje, mais duas universidades se somam à greve do ANDES-SN. Temos um movimento que está num processo afirmativo e crescente. Esperamos que a nossa mobilização, seguindo nesse compasso, possa trazer ganhos materiais e políticos. Esperamos que possamos, no dia 14, colher bons frutos da nossa mobilização”, afirmou o presidente do ANDES-SN, Gustavo Seferian, ao fim da ocupação.

Do lado de fora do MGI, docentes em greve fizeram um ato, seguido por uma vigília para pressionar o governo. “Direito à educação não é um direito só de quem está aqui lutando. Direito à educação é um direito do brasileiro! A gente está aqui por uma causa muito justa e não merece o descaso que está sendo feito com a nossa categoria”, afirmou a diretora da ASPUV e integrante do Comando Local de Greve (CLG), presente nas atividades de mobilização em Brasília (DF), esta semana.

(Assessoria de Comunicação da ASPUV a partir de texto do ANDES-SN)

 

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