Governo ignora reivindicação das entidades e não apresenta resposta aos servidores
O governo federal ignorou o pedido das entidades sindicais para que apresentasse, até a última sexta-feira (24), uma contraproposta às reivindicações dos servidores com impactos orçamentários. Elas incluem a recomposição salarial e a equiparação dos benefícios assistenciais com o funcionalismo dos demais poderes.
Diante da falta de respostas, o ANDES-SN convoca a sua base para se somar às manifestações, que têm o objetivo de pressionar o governo. Ao longo dos próximos dias, será realizada uma jornada de lutas, que prevê um grande ato em Brasília (DF). Esta é uma semana decisiva para a campanha salarial dos servidores, uma vez que o Executivo tem até a quinta-feira (31) para enviar ao Congresso Nacional o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
Relembre
No dia 18 de agosto, o Fórum de Entidades Nacionais de Servidores Federais (Fonasefe), o Fórum de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e centrais sindicais protocolaram um novo ofício na Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do Ministro do Trabalho, reivindicando que fossem apresentados o calendário e a metodologia da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP).
Em função da necessidade de consulta às bases, o documento também solicita a abertura imediata das mesas setoriais e questiona o método apresentado pelo governo para a condução delas. Por fim, propôs que fosse entregue por escrito uma contraproposta às reivindicações remuneratórias feitas pelo funcionalismo até o dia 24 e solicitou uma nova rodada de negociações no dia 28. Até o momento, no entanto, não houve qualquer respostas.
Proposta dos servidores
Em 11 de julho, os representantes do funcionalismo participaram da cerimônia da assinatura do protocolo de funcionamento das negociações com o governo.
Na oportunidade, o Fonasefe e o Fonacate apresentaram uma proposta conjunta, que inclui itens remuneratórios e não remuneratórios. Sobre a recomposição salarial, as entidades colocam a divisão do funcionalismo em dois blocos, conforme esquematizado a seguir:
1) Servidores que fizeram acordo em 2015 com reajustes parcelados em 2016 e 2017:
- recomposição de 53,17%:
- 15,27% em 2024;
- 15,27% + inflação entre 1/7/2024 a 30/6/24 em 2025;
- 15,27% + inflação entre 1/7/2025 a 30/6/26 em 2026.
2) Servidores que fizeram acordo em 2015 com reajustes parcelados em 2016, 2017, 2018, 2019: (DOCENTES FEDERAIS INCLUÍDOS NESTE GRUPO):
- recomposição de 39,92%:
- 11,84% em 2024;
- 11,84% + inflação entre 1/7/2024 a 30/6/24 em 2025;
- 11,84% + inflação entre 1/7/2025 a 30/6/26 em 2026.
A pauta remuneratória inclui ainda a equiparação dos benefícios com os servidores do poderes Legislativo e Judiciário.
Todas as notícias relacionadas às negociações e à campanha salarial dos servidores podem ser lidas aqui.
(Assessoria de Comunicação do ANDES-SN com edições e acréscimo de informações da ASPUV)
Muito interessante! Quatro anos que não vejo uma manchete desta. Lutar com um governo democrático o tom é outro mesmo! Daqui a três anos e meio podemos estar novamente em outro senário! Então 2026 pode ser o limite mesmo!