Entidades da educação se unem para barrar o Future-se
Entidades da área da educação superior se reuniram, nessa quarta-feira (07), em Brasília, em uma reunião para discutir o Future-se e estratégias para barrá-lo. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) foi um dos participantes, juntamente a representantes da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), União Nacional dos Estudantes (UNE), Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). A atividade foi realizada na sede da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Durante o encontro, o Andes-SN destacou quatro pontos considerados centrais do Future-se, que colocam em risco o ensino público, gratuito, de qualidade e socialmente referenciado. São eles:
- mudança na gestão educacional, o que coloca em risco a função de reitores, vice-reitores e pró-reitores, uma vez que representa o esvaziamento da estrutura pública conquistada pelas instituições de ensino;
- suspensão de concursos públicos e o fim da estabilidade no serviço público;
- ataque ao tripé da universidade pública: ensino, pesquisa e a extensão;
- ataque às políticas de acesso e a permanência de estudantes.
A secretária-geral do sindicato, Eblin Farage, destacou que o projeto é uma tentativa de dar prosseguimento a antigas determinações de organizações internacionais e empresariais que atuam na área da educação privada. Completou: “o Future-se está tentando reverter todas as conquistas importantes desde o período de redemocratização do Brasil. O Andes-SN está firme para continuar na luta. Acreditamos que o dia 13 será um dia forte de mobilização nas ruas de todo país. Nós temos que incidir no congresso, para que não seja aprovada nenhuma mudança e temos lutado para que todos os nossos conselhos universitários aprovem nota de repúdio ao Future-se e se neguem a fazer essa adesão. Nós acreditamos que não há nada para mexer nesse projeto, nada a ser negociado e o que temos que exigir é a recomposição das verbas públicas, começando pelo descontingenciamento imediato das verbas da educação”.
O presidente da Andifes, João Carlos Salles, complementou a fala da secretária-geral do Andes-SN. Disse que a crise causada pelo corte de verbas nas universidades está causando uma perda irreparável na educação pública. “Caso as verbas não sejam descontingenciadas, nós terminaremos o ano com apenas 12% do total do orçamento que tínhamos. Isso irá inviabilizar o trabalho nas universidades”, destacou.
(Assessoria de Comunicação do Andes-SN com edições da ASPUV)