“Dia do Basta!” denuncia, em Viçosa, retirada de direitos e desmonte dos serviços públicos
Trabalhadores e estudantes se reuniram, na manhã da última sexta-feira (10) em Viçosa, para protestar contra a retirada de direitos e o desmonte dos
serviços públicos em curso no país. O ato integrou a programação do Dia do Basta!, dia agendado por centrais sindicais como como uma data de mobilizações em defesa do trabalhador. “A Aspuv realmente está se integrando ao conjunto dos movimentos sociais em Viçosa para incrementar, fortalecer e dinamizar esse ato, que vai mostrar o repúdio da população em relação ao governo, que nós temos hoje. Um governo ilegítimo, um governo comprometido apenas com as elites do Brasil e não com a classe trabalhadora”, ressaltou o vice-presidente da Aspuv, Adriel Rodrigues de Oliveira.
Além da seção sindical, outras entidades representativas dos trabalhadores e movimentos sociais da região estiveram à frente da organização do evento. O ato começou às 9h da manhã, em frente à Reitoria. Após a concentração, os participantes passaram por locais do campus, como o PVA e o PVB, e desceram em caminhada até o centro. Em todo o percurso, alertaram para medidas como a Emenda Constitucional (EC) 95, que congelou os gastos públicos por 20 anos e já está sucateando serviços públicos; a Lei de Terceirização; as reformas trabalhistas e da Previdência. “A sociedade tem que estar na luta e o servidor, mais do que nunca na rua. Acho que é importante a união desses três segmentos para fazer essa mobilização, que é nacional”, avaliou o representante da Asav, José Inocente Macedo Machado.
O representante do movimento Levante Popular da Juventude, Jean Carlos Martins Silva, lembrou como a juventude também está sendo especialmente prejudicada com as medidas adotadas pelo governo: “os direitos dos jovens estão sendo podados. Quando a gente fala em reforma trabalhista, os jovens estão sendo afetados pela falta de emprego, pelo emprego precarizado. A educação está sendo afetada por todos os cortes. Isso afeta a vida do jovem. Tivemos falas aqui de estudantes que estão passando fome”.
Sindicalizados à Aspuv participaram do ato. A categoria já havia aprovado paralisação na data para se juntar à luta nacional. “Se a gente não informa para as pessoas os direitos que elas estão perdendo, o processo de desmonte do Estado que a gente está sofrendo e os riscos da gente não se mobilizar, nós vamos caminhar cada vez mais rapidamente para um abismo maior (…). A privatização já está na nossa porta, os cortes de verbas já estão acontecendo”, avaliou a professora do Departamento de Educação, Joana DArc Germano Hollerbach.
Ainda na sexta-feira, mas já no período da tarde, foi realizada Assembleia Geral da Aspuv, que aprovou indicativo de greve da categoria para o próximo dia 21.
(Assessoria de Comunicação da Aspuv)