Conad Extraordinário encaminha desfiliação do ANDES-SN à CSP-Conlutas
O 14º Conad Extraordinário do ANDES-SN aprovou encaminhar a desfiliação do sindicato nacional à CSP-Conlutas para debate. A decisão sobre a saída ou a permanência na central sindical será tomada no 41º Congresso do sindicato, a ser realizado no início de fevereiro de 2023, em Rio Branco (AC).
A deliberação relativa à CSP-Conlutas ocorreu durante a plenária sobre Questões Organizativas, no segundo e último dia do Conad. Os debates sobre a questão contemplaram falas de 40 participantes, respeitando-se a paridade de gênero. Ao fim, foi aprovada a proposta de indicação da desfiliação com 37 votos favoráveis, 22 contrários e cinco abstenções. Para a terceira tesoureira do sindicato nacional, Jennifer Webb Santos, que presidiu a plenária, o amplo debate possibilitou que se expressasse a pluralidade de opiniões da base e e reforçou a importância da filiação a uma central sindical. “Esse debate é fruto, inclusive, de um debate que a nossa base vem fazendo ao longo de um processo histórico da construção do ANDES-SN. E, manifestado aqui hoje, foi justamente isso: a síntese de todas as posições que vêm da base, das nossas seções sindicais e que são fundamentais para a construção da história do nosso sindicato”, disse.
Na sequência, os presentes discutiram os textos de resoluções do Caderno de Texto, previamente debatidos nos grupos de trabalho, no dia anterior. Entre as deliberações tomadas, está a realização de um seminário para debater a organização da classe trabalhadora.
Carta de Brasília
Na sequência, foi realizada a plenária de encerramento . Além da aprovação de uma série de moções, foi feita a leitura da Carta de Brasília, documento que sintetiza as discussões do 14º Conad Extraordinário do ANDES-SN.
A Carta destaca a necessidade de manter a mobilização nas ruas em defesa da democracia, dos direitos dos trabalhadores bem como contra o fascismo e as tentativas de questionar o resultado das eleições. “Nossa tarefa imediata e no médio prazo é derrotar o fascismo também nas ruas. Essa vitória é da luta que se manteve nas ruas pelo Fora Bolsonaro e contra a PEC 32, nos acampamentos indígenas, nas manifestações antirracistas, em defesa do meio ambiente e tantas outras que somadas ao desespero da fome, do desemprego, levaram a uma enorme vontade de mudar, de esperançar”, afirmou a secretária-geral do ANDES-SN, Regina Ávila, durante a leitura do documento.
(Assessoria de Comunicação da ASPUV a partir de texto do ANDES-SN)