Auditores-fiscais da Receita Federal entram em greve e cobram negociação com o governo
A Assembleia Nacional do Sindicato de Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) deliberou por operação-padrão na Aduana e greve por tempo indeterminado nos demais setores. A decisão é uma resposta à recusa do Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) em iniciar a negociação do reajuste do vencimento básico da categoria.
“É inaceitável que os auditores não tenham reajustado o seu vencimento básico, que acumula perdas inflacionárias desde 2016. Da mesma maneira, não aceitaremos tratamento não isonômico em relação a outras categorias”, disse o presidente do Sindifisco Nacional, Isac Falcão.
A assembleia dos auditores, que deliberou pela deflagração de greve, também aprovou a entrega de cargos em comissão com a vedação de ocupação dos cargos que ficarem vagos na estrutura da Receita Federal decorrente do novo Regimento Interno.
Mobilização dos auditores
Os auditores da Receita Federal estão mobilizados desde julho, cobrando do governo a abertura da negociação sobre o reajuste do vencimento básico. O movimento se iniciou com Operação-Padrão na Aduana, apagão de acesso aos sistemas informatizados da Receita e atos públicos.
Em outubro, a mobilização escalou para paralisações de 24 horas e 48 horas. Em novembro, a categoria cumpriu 48 horas de paralisação todas as terças e quartas-feiras. Também foram propostos e aprovados em assembleia a não participação em treinamentos, reuniões e projetos da Receita Federal, a suspensão dos julgamentos no contencioso administrativo bem como a ocupação de cargos em comissão que tenham ficado vagos em decorrência da mobilização.
(Assessoria de Comunicação do ANDES-SN com edições da ASPUV)