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A ASPUV está em articulação para a implementação de um cursinho popular preparatório para o ENEM e o vestibular voltado a jovens vinculados a trabalhadores de sindicatos moveleiros da Zona da Mata. A iniciativa nasceu de uma parceria com o Sindicato dos Oficiais Marceneiros de Ubá (Sindmar), que procurou a ASPUV em agosto de 2024 com a primeira proposta, sendo, na sequência, incluído também o Departamento de Educação da UFV (DPE).

Nessa terça-feira (1°), foi realizada a quinta reunião do grupo para debater o projeto e a sua efetiva implantação. Participaram os diretores da ASPUV, Mônica Ribeiro Pirozi, Cezar Luiz De Mari e Edilton Barcellos; os representantes do Sindmar, Luis Antônio Ferreira e Marcos Antônio; o chefe do DPE, Arthur Meucci; e ainda o assessor do deputado estadual Miguel Ângelo (PT-MG), Alexandre Peluso. A ideia é que o mandato possa contribuir via emenda parlamentar para o financiamento das atividades. 

O cursinho receberá o nome Cursinho Preparatório Antonio Gramsci, em referência ao pensador italiano conhecido pelas suas contribuições fundamentais sobre a consciência e a libertação dos trabalhadores.

Cursinho preparatório

Os cursinhos populares se enquadram na Política Nacional de Extensão Universitária (2012), que prioriza ações que contribuam para o desenvolvimento e a justiça social, democratizando o acesso ao ensino superior.

A proposta é que as aulas do cursinho da ASPUV, do DPE e do Sindmar sejam aos sábados, permitindo que estudantes trabalhadores também frequentem. O projeto está sendo desenvolvido a partir do pensamento de Paulo Freire e dos princípios de uma educação libertadora e transformadora. A implantação, a organização e a composição da coordenação pedagógica dos cursinhos serão de responsabilidade dos sindicatos envolvidos. Já a formação, a escolha dos educadores e o vínculo com a UFV ficarão a cargo do Departamento de Educação.

O público-alvo serão estudantes filhos dos trabalhadores do setor moveleiro, vinculados aos sindicatos. Será garantida reserva de 50% das vagas para mulheres e de, ao menos, 20% para estudantes pretos, pardos e indígenas.

(Assessoria de Comunicação da ASPUV)