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A Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Viçosa (ASPUV Seção Sindical) manifesta o seu apoio ao deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), vítima de um processo de perseguição e criminalização do seu mandato.

Nessa quarta-feira (9), de forma totalmente desproporcional e explicitando a falta de coerência do Congresso Nacional, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou a cassação do mandato do parlamentar. A “justificativa” seria uma tentativa de agressão do deputado a um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). O primeiro ponto a ser explicado é que Braga reagiu a uma série de ofensas à sua mãe, à época, gravemente doente e que faleceria poucos dias depois. O segundo, e crucial para entender a questão, é que o episódio, na realidade, está sendo usado como uma cortina de fumaça para esconder os reais interesses por trás do processo de cassação: calar Glauber Braga.

Braga é, certamente, um dos parlamentares mais combativos do país e conhecido por sua atuação sempre coerente na defesa dos direitos do povo trabalhador e da soberania nacional. Essa atuação, por si só, já seria suficiente para uma tentativa de criminalizar a sua luta, mas Glauber foi além: denunciou incessantemente a farra do orçamento secreto e das emendas parlamentares, o que o tornou uma pedra no sapato do todo poderoso Arthur Lira (PP-AL).

Chama a atenção que, ao mesmo tempo em que o processo do deputado Glauber caminha com celeridade, ficam para trás vários outros, estes sim incompatíveis com uma atuação parlamentar ética, digna e democrática. O mesmo Conselho de Ética arquivou processos contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP), que intimidou com uma arma um homem nas ruas de São Paulo, e contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que usou a tribuna da Câmara para atacar mulheres trans e travestis no Dia Internacional da Mulher. Para o deputado Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), réu por agredir a ex-companheira (com filmagem de agressões, inclusive), foi aprovada apenas uma censura verbal.

A perseguição ao deputado Glauber Braga explicita uma postura antidemocrática do Congresso, que quer calar quem realmente defende os interesses do povo brasileiro e não se silencia diante do uso fraudulento do dinheiro público. Também abre um precedente perigoso, colocando em risco todos os mandatos combativos e de luta.

A ASPUV Seção Sindical se junta a outras vozes na defesa do mandato do deputado Glauber Braga. O processo, agora, segue para o Plenário da Câmara e nós seguiremos vigilantes e mobilizados!   

Em defesa da democracia, dos direitos dos trabalhadores, da educação, dos serviços públicos e da soberania: Glauber fica! 

Diretoria da ASPUV Seção Sindical

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