ASPUV destaca cortes orçamentários na UFV e impactos para Viçosa na Câmara Municipal
O diretor da ASPUV, Allain Oliveira, usou a Tribuna Livre durante a reunião da Câmara Municipal de Viçosa da última terça-feira (28). Em sua fala, o professor destacou os novos cortes orçamentários sofridos pela UFV, que inviabilizam o funcionamento da universidade até o fim do ano. Além dos impactos extremamente negativos para o ensino, a pesquisa e a extensão, a redução nas verbas e um possível fechamento terão reflexos sobre a economia da cidade.
“O reitor da UFV se posicionou dizendo que, com o corte de R$ 7 milhões pelo governo federal, a Universidade não tem condições de funcionar a partir do segundo semestre. Além disso, esse corte vai atrapalhar no ensino, na qualidade e no orçamento. Isso é uma denúncia e essa Câmara precisa tomar medidas e ações concretas, para que não se gere uma crise na cidade, afetando os cidadãos viçosenses”, disse.
A fala do diretor da ASPUV foi repercutida pela vereadora Jamille Gomes (PT). Jamille endossou que o corte afeta toda a comunidade viçosense: “o impacto negativo de R$ 7 milhões a menos recai não só na qualidade da educação ofertada pela UFV, mas também nos serviços que são oferecidos na cidade de Viçosa, gerado pela movimentação dos estudantes. Por isso, senhor presidente, precisamos, ainda hoje, enviar essa Moção ao Ministério da Educação e da Economia falando dos impactos desse recurso que já estava destinado na Previsão Orçamentária do Congresso e não foi respeitado”.
Cortes na UFV e Reuni Digital
No último dia 24, o governo voltou a tirar recursos das instituições federais de ensino. Com isso, em apenas um mês, as universidades e colégios da rede perderam R$ 619 milhões. No caso da UFV, este novo corte de 8,3% (R$ 7,16 milhões) significa a paralisação das atividades antes do término do segundo semestre letivo, conforme nota divulgada pela administração. Essa é uma realidade não apenas da UFV. Outras universidades, como a UFRJ, também relataram a iminente interrupção do funcionamento.
Na mesma semana dos novos cortes, o Ministério da Educação (MEC) relançou o Programa para Expansão da Educação a Distância nas Universidades Públicas Federais (Reuni Digital). O objetivo é ampliar o número de vagas em cursos superiores a distância. Na avaliação do ANDES-SN, não se trata de coincidência: o governo quer aproveitar o momento de retorno às atividades presenciais, após a adoção do ensino remoto emergencial, para ampliar a modalidade a distância. O corte de verbas colocaria as universidades sem alternativa, para não fecharem as portas, a não ser migrarem para o digital.
Foto: reprodução YouTube
(Assessoria de Comunicação da ASPUV com informações da Assessoria de Comunicação da Câmara de Viçosa)