Aspuv

A trajetória pioneira, combativa e de lutas da Aspuv foi celebrada com um grande “arraiá” na noite do último sábado, em Viçosa. Cerca de 900 pessoas, entre sindicalizados e acompanhantes, participaram da confraternização, que resgatou momentos marcantes dos 55 anos da seção sindical. “Nós somos um sindicato. E um sindicato de luta não poderia deixar passar em branco a comemoração pelos 55 anos de sua organização e existência. Então, essa é uma festa de comemoração pelos 55 anos da Aspuv, onde nós complementamos com o caráter de uma ‘arraiá’, mas é uma festa política de caráter política, onde fazemos a recordação desses 55 anos”, lembrou a presidente da entidade, Júnia Marise Matos Sousa. “Um dos nossos objetivos é retomar o caráter sindical, o histórico de lutas, a formação sindical e trazer os 55 anos da Aspuv como uma bandeira. Resgatar principalmente o histórico de luta docente, de luta pelo trabalho”, completou a secretária social, Bethania Medeiros Geremias.

Para relembrar essa história, foram exibidas fotos marcantes de mobilizações e atividades realizadas pela Aspuv. Dois ex-presidentes também deram seus depoimentos e receberam uma placa de homenagem em nome da atual diretoria da seção sindical. A professora Lúcia Maffia, primeira mulher à frente da Aspuv e uma das fundadoras da entidade, lembrou os muitos desafios vividos pela classe docente, em especial no período da Ditadura Militar: “é uma alegria ver aqui o crescimento da associação, que continua tão brava e tão ferrenha na defesa dos nossos direitos (…). Eu vivi em plena ditadura, eu fui vigiada, eu fui censurada… Nós tivemos o exército dentro da universidade. Mas nós conseguimos fazer muito: muitas reuniões, movimentos, estivemos presentes em tudo que foi possível estar presente em plena ditadura. Eu considero que na época a gente fez história aqui. Nós fizemos muita coisa”. O professor José Humberto de Queiroz, que ocupou a presidência entre 2002 e 2004, destacou que a Aspuv sempre esteve comprometida com a luta em defesa da categoria independentemente de partidos políticos. “Não é qualquer sindicato que consegue sobreviver 55 anos e chegar como estamos hoje: bem-estruturados, fortes, respeitados, atuantes”, disse.

Entre os diversos presentes, estavam docentes que participaram ativamente dessa trajetória, inclusive desde o começo. É o caso da professora Antonina Sant’anna, sindicalizada há mais de 50 anos: “são muitas lutas, eu é que o diga, porque logo que começou a Aspuv e já estava entrando para o corpo docente da universidade (…). A Aspuv nos defende em tudo e isso nos dá uma tranquilidade imensa”.

O caráter recreativo de um grande arraiá também não ficou de fora. Foram realizadas apresentações da banda Arthur Vinih e os Malungos e do DJ Carlão. Houve ainda quadrilha e um concurso de forró. Os três casais com as melhores avaliações do público receberam premiação. Para as crianças, foi montado um espaço recreativo com várias brincadeiras. Todo o salão de festas foi decorado e o buffet serviu diversas comidas típicas. O momento de confraternização foi celebrado pelos sindicalizados: “o nosso campus é muito grande encontrar todos os professores e amigos da universidade é muito difícil. É uma hora que você consegue ter esse momento de congraçamento. E também trocar uma ideia sobre assuntos diversos, do sindicato, da categoria. Assuntos que são mesmo ligados”, lembrou o professor Enivaldo Minetti, que participava da festa.

Confira aqui outras fotos do evento.

(Assessoria de Comunicação da Aspuv)