ANDES-SN repudia perseguição a professores que prestaram solidariedade ao povo palestino
Os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Julia Zanatta (PL-SC) entregaram à Embaixada dos Estados Unidos no Brasil uma lista de militantes, parlamentares e entidades que prestaram solidariedade ao povo palestino. Entre os nomes, estão docentes da base do ANDES-SN.
“Poderia ser apenas mais uma espetacularizada manifestação da extrema direita, que por certo não traria maior impacto concreto aos seus atacados, não fosse a intencionalidade explícita de causar dano, por meio de restrição de direitos e persecução”, reagiu o sindicato nacional, que classificou a ação como um grave ataque às liberdades democráticas.
Solidariedade aos professores incluídos na lista
A presidenta em exercício do ANDES-SN, Raquel Dias, reforçou que o sindicato se solidariza incondicionalmente com os docentes, que vêm sofrendo ataques.
Destacou ainda que o episódio faz parte de um processo que tenta amordaçar os professores e criminalizar o pensamento crítico: “é importante lembrar que nos últimos anos, após o golpe de 2016, principalmente, professores e professoras têm sido vítimas de um processo de criminalização sob a ideologia do chamado ‘Escola Sem Partido’, que identifica na categoria docente um processo de doutrinação ideológica. E que o ANDES-SN, por meio da Frente Nacional Escola Sem Mordaça e através dos seus instrumentos também, como a Comissão de Enfrentamento à Criminalização, tem feito um trabalho de acompanhar e de prestar solidariedade, apoio por meio da sua comissão, da sua assessoria jurídica, prestar apoio político a esses professores, a essas professoras e acompanhar todos os processos que dizem respeito a tentativas de criminalização e de perseguição a docentes”.
Leia aqui a nota do ANDES-SN sobre o caso.
Comissão de enfrentamento à criminalização e perseguição política
O ANDES-SN reforça que, desde 2018, instituiu a Comissão de Enfrentamento à Criminalização e Perseguição Política a Docentes. O instrumento está à disposição dos professores para tomar as providências jurídicas necessárias em situações de perseguição e ameaça por conta das suas posições políticas ou pelo conteúdo de aulas e pesquisas.
A solicitação de acompanhamento em um determinado caso deve ser realizada via seção sindical, com o docente necessariamente sendo sindicalizado. A partir do pedido, a seção acionará o ANDES-SN para as medidas cabíveis.
(Crédito da imagem: ANDES-SN)
(Assessoria de Comunicação do ANDES-SN com edições da ASPUV)
Pior, isso tem cara de “traição à pátria”. Como se o dever dos deputados fosse o de denunciar aos EUA qualquer situação interna, de nosso interesse.