ANDES-SN lamenta morte de professora no Paraná e apoia luta contra plataforma de produtividade

A diretoria do ANDES-SN manifestou grande pesar pelo falecimento da professora de Língua Portuguesa da rede estadual do Paraná, Silvaneide Monteiro Andrade. A docente, de apenas 56 anos, teve um infarto fulminante dentro do Colégio Estadual Cívico-Militar Jayme Canet, em Curitiba, capital do estado.
Segundo relatos de colegas da instituição, a professora morreu enquanto era cobrada, pela coordenação e pelo Núcleo Regional de Educação, pelos índices de acesso à plataforma online da Secretaria de Educação do estado (Seed) e por não atender às metas da plataforma de redação.
“A professora Silvaneide morreu em uma escola militarizada, morreu porque a educação foi plataformizada, morreu porque não atendeu metas. Sua morte foi produto da realização do projeto do capital para a educação e é uma demonstração de que os regimes de metas, a plataformização e a militarização de escolas representam graves ataques às condições de trabalho de professoras e professores em todo o país”, lamentou a Diretoria do ANDES-SN em nota.
A entidade acrescenta que o adoecimento de trabalhadores da educação por sobrecarga de trabalho é resultado direto da política de precarização e plataformização da educação defendida pelo governo de Ratinho Jr. “Neste sentido, além de manifestar seu profundo pesar pela morte da professora Silvaneide, o ANDES-SN repudia as políticas implementadas pelo governo de Ratinho Júnior por ter criado as condições materiais que produziram a morte de uma professora”, afirmou a nota.
Semana de Plataforma Zero
A APP-Sindicato, que representa a categoria docente estadual do Paraná, convocou uma greve de plataformas, entre os dias 2 e 6 de junho, como forma de protesto contra as condições de trabalho e as metas absurdas impostas pela Seed. Foram também convocados atos em memória da professora Silvaneide Monteiro Andrade.
No dia 7 de junho, professores farão uma assembleia presencial, em Curitiba, para avaliar os próximos passos da luta e a realização de um dia de paralisação.
“O ANDES-SN apoia incondicionalmente toda luta em defesa de melhores condições de trabalho no Paraná e que se revertam os processos de plataformização, precarização e militarização da educação no estado”, ressaltou o sindicato nacional.
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(Assessoria de Comunicação do ANDES-SN com edições da ASPUV)