Após pressão do movimento grevista, governo retoma negociação e sinaliza alguns avanços
Após a intensificação da greve docente federal, a reunião entre o ANDES-SN, o Sinasefe e a Fasubra com representantes do governo apresentou alguns avanços nessa sexta-feira (14). Prevista para ocorrer somente com a participação do Ministério da Educação (MEC), a agenda contou com a presença do diretor do Departamento de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), Mario dos Santos Barbosa.
Antes do início do encontro, representantes da Proifes também se somaram, apesar de a entidade cartorial ter se posicionado contra a continuidade do movimento grevista e assinado um acordo ilegítimo com o Executivo em 27 de maio, que acabou suspenso pela Justiça Federal.
“Os representantes do MEC expressaram, desde o início da reunião, o reconhecimento do quanto a nossa greve é forte e, por isso, estavam mudando uma série de posicionamentos que firmaram no curso do processo negocial”, explicou o presidente do ANDES-SN, Gustavo Seferian.
Revogações e RSC
Na abertura da reunião, o MEC sinalizou o aceite da imediata revogação da Portaria nº 983, após a assinatura do acordo, e a criação de um Grupo de Trabalho para elaborar a nova regulamentação. Entre outros problemas, a portaria alterou a carga horária mínima e impôs o ponto eletrônico para professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), impactando negativamente o fazer docente e o tripé ensino, pesquisa e extensão.
“Hoje tivemos essa conquista. O MEC se comprometeu a, logo após uma assinatura do acordo, revogar imediatamente essa portaria e criar um grupo de trabalho para uma nova regulamentação, com prazo de sessenta dias para implementação”, disse o representante da Seção Sindical do ANDES-SN no Instituto Federal de Rio Grande do Sul (Sindoif SSind.) no Comando Nacional de Greve (CNG), André Martins.
O secretário-executivo adjunto do MEC, Gregório Grisa, ainda aceitou a reivindicação de ampliação do Reconhecimento de Saberes de Competências (RSC) para docentes aposentados do EBTT. Há já vários processos judiciais para garantir esse direito. O governo anunciou que abrirá mão de recorrer nessas ações.
Outro avanço foi a sinalização positiva do governo quanto à revogação da Instrução Normativa (IN) nº 66, que tem dificultado a progressão docente.
“Cobramos o compromisso do MGI de uma mesa permanente de trabalho para discutir a nossa carreira e também pontos do ‘revogaço’ que estão na nossa pauta, como a discussão da insalubridade, o reposicionamento de professores que fazem novos concursos e trocam de instituições e o reenquadramento dos aposentados, que é uma reivindicação fundamental”, acrescentou a representante da Associação de Docentes da Universidade de Brasília (Adunb Seção Sindical) no CNG, Eliene Novaes.
A instalação dessa mesa permanente e as demandas envolvendo a remuneração docente não tiveram a resposta imediata e serão levados a conhecimento do MGI pelo representante na reunião.
Comando Local de Greve presente em Brasília
Caravanas com docentes de todo o país se deslocaram até Brasília para acompanhar a reunião. No período da tarde, os manifestantes se reuniram em uma plenária ampliada.
O Comando Local de Greve da ASPUV esteve presente nas atividades (foto acima).
(Assessoria de Comunicação do ANDES-SN com edições da ASPUV)
E o salário????????? Vocês, dirigentes, estão mesmo comprometidos com o respeito aos direitos dos professores ou o compromisso ainda é com vocês-sabem-quem????
Já imagino o final desta greve. Volta-se às aulas com o rabinho entre as pernas, fingindo que houve ganhos.
Quem ganhar ou perder, vai todo mundo perder…
Ainda falta-lhe uma interpretação e saber compreender um pouco sobre o que esta escrito no texto.
Abraços.