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Seção Sindical dos Docentes da UFV
Carta de Rio Branco traz a síntese das deliberações e discussões do 41º Congresso do ANDES-SN

O ANDES-SN divulgou a Carta de Rio Branco, documento que traz a síntese das discussões e deliberações do 41º Congresso do sindicato nacional, realizado entre os dias 06 e 10 de fevereiro. Entre outros, o texto reitera o desafio de mobilizar e organizar os trabalhadores para barrar o avanço da extrema-direita e do fascismo.

“No Brasil, o desafio para revogar as contrarreformas, a limitação do teto dos gastos sociais, o processo de privatização da Educação em curso, a reforma do ensino médio, o REUNI digital somam-se a tantos outros, como a de garantir a exoneração do(a)s interventores(as) nas IES, o que fere de morte a democracia e autonomia universitárias”, diz um trecho. Na sequência, o documento evidencia os planos de lutas aprovados com destaque para a campanha pela recomposição salarial.

O texto fala também sobre a história de resistência do povo do Acre, estado que, pela primeira vez, sediou o Congresso do ANDES-SN. É ressaltada a luta das populações originárias, dos ribeirinhos, seringueiros e demais integrantes do chamado “povo da floresta”: “a conquista de demarcação de terras indígenas e a criação de Reservas extrativistas são frutos desses processos (de luta), contudo o capital mantém seus capatazes atentos para não parar os processos de destruição. Em sentido contrário, a luta para manter conquistas é também uma luta pela sobrevivência. A construção da unidade dessas diversas categorias, até aqui, permitiu sua existência, ainda que permanentemente ameaçada, especialmente no último período”.

Para ler a Carta de Rio Branco na íntegra clique aqui.

Moções e encerramento do 41º Congresso do ANDES-SN

Além da leitura e aprovação da carta, o encerramento do 41º Congresso do ANDES-SN deliberou sobre uma série de moções. Foi declarado o repúdio do sindicato nacional à ação de despejo impetrada pela reitoria da UFMS contra a Seção Sindical de Docentes da UFMS (Adufsm SSind); à instauração do Processo Administrativo Disciplinar, movido pelo Ministério da Educação, contra docentes da UFF por conta de uma decisão tomada, em 2008, no Conselho Universitário (CUV); ao descumprimento sistemático da reserva de vagas, para negras e negros, em concursos públicos; entre outros.

Foram aprovadas também moções de apoio à campanha pelo reajuste imediato das bolsas de pesquisa e formação da Capes e CNPq; aos trabalhadores das Lojas Americanas pela manutenção do emprego; e à luta dos sobreviventes e familiares de vítimas da tragédia da Boate Kiss.

“Nós dissemos, no início, que a nossa perspectiva era sair desse congresso com o sindicato fortalecido, com um sindicato que enfrenta os desafios e que entende a conjuntura. E essa conjuntura, como nós dissemos também no início, nos exige fundamentalmente estar nas ruas, permanecer nas ruas, enfrentar e derrotar a extrema-direita e o fascismo nas ruas, com mobilização, com organização da nossa classe e da nossa categoria. E a nossa diversidade, a nossa pluralidade e o respeito a isso demonstraram que nós precisamos avançar muito. Nós temos avançado, não vamos retroceder e vamos permanecer em luta”, concluiu a presidente do ANDES-SN, Rivânia Moura, ao declarar o encerramento do Congresso.

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(Assessoria de Comunicação da ASPUV)

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