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O Ministério da Educação (MEC) instituiu um grupo de trabalho para discutir e elaborar estratégias para a ampliação da oferta de cursos de nível superior na modalidade de Educação a Distância (EaD), nas universidades federais. A portaria 434 da Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC) foi publicada na última sexta-feira (23) e entra em vigor no dia 03 de novembro.

“Essa portaria representa mais um passo do governo para materializar o que o Andes-SN vem denunciando desde o início da pandemia: o Governo Federal aproveitará da situação imposta pelo novo coronavírus para aprofundar a precarização e mercantilização da Educação Pública e avançar na implementação da EaD nas instituições federais de ensino“, critica o presidente do Andes-SN, Antonio Gonçalves.

De acordo com a portaria, o grupo de trabalho, de caráter consultivo, terá como atribuições identificar potencialidades e propor estratégias para a ampliação da EaD e auxiliar na construção de indicadores e mecanismos para acompanhamento dos resultados do Projeto de Expansão da Educação Superior, por meio digital, entre outras.

Irão compor o grupo representantes da Sesu/MEC, da Associação Universidade em Rede (UniRede), da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e das universidades federais, sendo um titular e um suplente por região. O grupo terá 180 dias para apresentar a conclusão dos trabalhos. O prazo pode ser prorrogado.

Quais são as entidades que compõem o grupo?

A UniRede é uma associação composta por representantes de instituições públicas de ensino superior, que tem por finalidade promover o desenvolvimento científico e tecnológico da Educação a Distância.

Já a Abed é uma associação de direito privado descrita em sua página na internet como “uma sociedade científica sem fins lucrativos e sem vínculos ideológicos de qualquer natureza”, criada para o desenvolvimento da educação aberta, flexível e a distância. Pode ser integrada por pessoas físicas e/ou jurídicas que interessadas pelos objetivos da associação, entre os quais estão “estimular a prática e o desenvolvimento de projetos em educação a distância em todas as suas formas”; “incentivar a prática da mais alta qualidade de serviços para alunos, professores, instituições e empresas que utilizam a educação a distância”; “apoiar a “indústria do conhecimento” do país procurando reduzir as desigualdades causadas pelo isolamento e pela distância dos grandes centros urbanos”; entre outros.

Qualificada como uma Organização Social (OS), a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), por sua vez, é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e mantida em conjunto com os Ministérios da Educação (MEC), Cultura (MinC), Saúde (MS) e Defesa (MD). Fundada em 1999, tem como função, descrita em seu estatuto, promover o uso inovador de redes avançadas.

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*Crédito da foto em destaque: Marcelo Camargo – Agência Brasil

(Assessoria de Comunicação do Andes-SN com edições da ASPUV)