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Seção Sindical dos Docentes da UFV
40º Congresso do ANDES-SN começa com chamado à luta

Começou, nesse domingo (27), a 40ª edição do Congresso do ANDES-SN, que traz como tema A vida acima dos lucros: ANDES-SN 40 anos de luta!. Até a próxima sexta-feira (01º), professores de todo o país debatem os rumos da luta docente em defesa da carreira, dos direitos sociais, da educação, ciência e serviços públicos. Este é o primeiro encontro deliberativo presencial do sindicato após o início da pandemia. 

Participam da atividade 445 delegados e 146 observadores de 89 seções sindicais. A ASPUV está presente com uma delegada, representante da Diretoria Executiva, e cinco observadores, contemplando representações dos três campi da UFV, ensino superior, EBTT, ativos e aposentados.

Abertura e chamado à luta

A plenária de abertura do 40 Congresso reuniu diretores do sindicato nacional e outras entidades representativas do funcionalismo, educação e saúde. Antes do início das falas, houve uma apresentação da cantora Pâmela Amaro e foi exibido um vídeo em homenagem aos docentes mortos pela covid-19.

“Esse é um momento importante, delicado, que exige reflexão e capacidade de luta e orientação para vencer (…). Aqui, em Porto Alegre, está representado o que tem de pior do neofascismo brasileiro que afeta as liberdades democráticas e a autonomia da universidade. Nos colocamos a disposição para lutar em defesa dessa universidade e para derrotar as intervenções nas universidades em todo o Brasil. Vivemos também um momento muito tenso onde o povo brasileiro e a classe trabalhadora foram abatidos em diversos momentos pela insanidade negacionista desse governo, pela incapacidade de ter políticas públicas para combater a pandemia da covid-19 e muitas vidas foram abatidas”, disse o primeiro vice-presidente e, atualmente, presidente em exercício do ANDES-SN, Milton Pinheiro. A fala faz referência à situação da UFRGS, uma das mais de 20 universidades brasileiras sob intervenção do governo Bolsonaro. 

A presidente licenciada do ANDES-SN, Rivânia Moura, também compôs a mesa. Afastada por estar em licença-maternidade, destacou emocionada a importância da concretização desse direito: “espaços como esses são importantes para a luta cotidiana que precisamos travar por respeito e reconhecimento da dupla maternidade”. Também frisou o papel do sindicato nacional na luta antirracista, antimachista e antilgbtfóbica. “Essas pautas precisam se materializar no cotidiano das nossas vidas”, disse

Contra a PEC 32 e pela recomposição salarial!

A defesa dos serviços públicos foi ponto constante na mesa de abertura. Além de a Diretoria do ANDES-SN ter destacado a luta desempenhada contra a reforma administrativa (PEC 32), as entidades convidadas frisaram a  importância da unidade dos trabalhadores nessa mobilização.

A representante da CSP-Conlutas, central sindical à qual o ANDES-SN é filiado, Rejane Oliveira, destacou o papel fundamental que a categoria docente tem nesse sentido. Já o coordenador-geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), David Lobão, fez um chamado para a luta em defesa da recomposição salarial para o funcionalismo:  “através de uma luta difícil e árdua, conseguimos impedir que Bolsonaro votasse a PEC 32. Já este ano, começamos a luta pelo reajuste salarial e temos a responsabilidade de fazer a grande luta em defesa dos nosso interesses e fazer a maior greve do serviço público. A luta que travamos hoje é necessária e humana’’.

Luta indígena representada

Outra declaração de destaque, durante a abertura, foi a do representante do Coletivo dos Estudantes Indígenas da UFRGS, Woia Paté Xokleng. Fazendo uma alusão ao aniversário de 250 anos de Porto Alegre, comemorado no dia anterior, Woia lembrou que aquele era um território indígena e que a luta pelos direitos e até mesmo pela sobrevivência dos povos originários passa pelo “Fora Bolsonaro”. Também destacou a reivindicação por moradia estudantil digna aos estudantes indígenas por meio do Movimento de Luta pela Casa do Estudante Indígena: “não basta apenas garantir a entrada de estudantes indígenas nas universidades, também é preciso garantir a sua permanência”.

Universidade e Sociedade

Ao fim da plenária de abertura, foi lançada a 69ª edição da revista Universidade e Sociedade, editada pelo ANDES-SN. Com o tema Políticas Educacionais: desafios e dilemas, a publicação está disponível aqui.  

No lançamento, a equipe editorial da revista destacou a importância da participação dos sindicalizados de todo o país para o envio de contribuições e fortalecimento dos debates que permeiam a luta sindical docente. O próximo número terá como assunto principal Retorno presencial e pandemia: desafios do trabalho docente no contexto das transformações educacionais e receberá textos até o dia 12 de abril, conforme normativa disponível neste link.

(Assessoria de Comunicação da ASPUV)

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