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Seção Sindical dos Docentes da UFV
Disponibilizado abaixo-assinado online para concessão de Doutor Honoris Causa póstumo à Marielle Franco

Está disponível a versão online do abaixo-assinado lançado pelo comitê Quem Luta Educa, do qual a Aspuv é integrante, solicitando que a UFV conceda o título de Doutor Honris Causa póstumo à ativista dos direitos humanos e vereadora Marielle Franco, assassinada em março. Para acessar clique aqui.



As primeiras assinaturas coletadas já foram protocolados no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH) juntamente a um documento propondo que o órgão submeta a concessão do título à avaliação do Conselho Universitário (Consu). De acordo com o regimento da UFV, a sugestão de outorga do Honoris Causa deve partir de um dos centros de ciências ou da Reitoria e ser aprovada pelo Consu com, no mínimo, 2/3 de votos favoráveis entre os seus membros. O regimento diz ainda que podem ser agraciadas pessoas que “tenham contribuído excepcionalmente para o desenvolvimento da Universidade, do País, ou para o progresso da educação, da ciência, da tecnologia, das letras e das artes”. O abaixo-assinado online será anexado ao processo.


No documento, o Quem Luta Educa lembra, entre outros pontos, que a Declaração Universal dos Direitos do Homem completa 70 anos em 2018; que o crime permanece sem a devida elucidação; que Marielle era um exemplo de determinação em sua carreira acadêmica, saindo de uma comunidade marginalizada e obtendo o título de bacharel e mestre em duas prestigiadas universidades fluminenses, e também contribuiu para o engrandecimento do país, o progresso da educação e o avanço da Ciência Política e da Administração Pública.



O Honoris Causa é o título máximo concedido pela universidade a quem realiza contribuições significativas para o Brasil.



O crime

Marielle Franco foi executada, juntamente com o seu motorista Anderson Gomes, no último dia 14 de março. O carro em que eles estavam foi emparelhado por um outro veículo, de onde os tiros foram disparados. Uma assessora também ficou ferida.


O crime gerou uma enorme repercussão no país e no exterior. Em nota, a ONU destacou que Marielle “foi uma das principais vozes em defesa dos direitos humanos na cidade. Desenvolvia plataforma política relacionada ao enfrentamento do racismo e das desigualdades de gênero e pela eliminação da violência, sobretudo nas periferias e favelas do Rio”. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), também pediu explicações sobre a execução da vereadora e de Anderson. Mais recentemente, a Anistia Internacional questionou a morosidade na elucidação do crime.


Marielle ocupava o cargo de vereadora na cidade do Rio de Janeiro. Havia sido eleita para o mandato 2017-2020 com a quinta maior votação do município e a segunda maior recebida por uma candidata à vereadora mulher nas eleições de 2016. Em toda a sua trajetória política, destacou-se pela luta em prol dos direitos humanos, em especial na defesa dos negros, mulheres e LGBTs.


Crédito da foto em destaque: Mídia Ninja

(Assessoria de Comunicação da Aspuv)

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