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O governo anunciou, na última quarta-feira (19), a liberação de R$ 2,44 bilhões para o ensino federal. De acordo com o ministro da educação, Camilo Santana, as verbas serão destinadas à recomposição orçamentária das universidades e institutos, sendo as obras as prioridade.

A UFV informou que receberá R$ 17,335 milhões. Desse total, R$ 12,888 milhões serão para despesas de manutenção, R$ 3,85 milhões para investimentos e R$ 593 mil para o Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). Dessa forma, o orçamento da universidade passa dos R$ 75.300.359 previstos anteriormente pela LOA 2023 para R$ 92.635.973

“A ação do governo é positiva e representa mais tranquilidade para a gestão orçamentária das instituições, mas, apesar de aproximar o orçamento atual da Universidade aos patamares anteriores à pandemia, ainda está aquém da real necessidade”, avaliou o reitor Demetrius David da Silva.   

ANDES-SN acompanha a cerimônia e pede recomposição total

O ANDES-SN acompanhou a cerimônia de anúncio da recomposição orçamentária, sendo representado pela secretária-geral Regina Ávila e a primeira vice-presidenta da Regional Pantanal, Raquel Brito de Sousa (foto em destaque). O sindicato nacional, no entanto, reiterou que o montante liberado é inferior ao que as instituições federais realmente precisam.   

“Achamos importante e essencial a recomposição orçamentária, porque o investimento na educação foi cada vez mais atacado nos últimos anos. Porém R$ 2,44 bi está muito aquém da necessidade real das nossas instituições. Nas falas, ficou explícito que essa verba será utilizada prioritariamente para a conclusão de obras inacabadas. Enquanto isso, nós temos demandas emergenciais nas instituições”, ressaltou Sousa.

A diretora também criticou o fato de o Ministério da Educação não ter ouvido o ANDES-SN e os sindicatos da área sobre as reais demandas das universidades e dos institutos federais. Além da recomposição orçamentária total para as instituições, cobra a revogação de uma série de medidas que ferem a autonomia universitária. 

“Precisamos pressionar o governo para que a gente reverta todas essas medidas e que tenhamos de fato a recomposição do orçamento das universidades, para atender as nossas reais necessidades, para além de infraestrutura, como, por exemplo, retomar e ampliar o investimento em ensino, pesquisa e extensão e assistência estudantil. Só com a nossa capacidade de mobilização conseguiremos pressionar para o atendimento de reivindicações tão caras à luta em defesa da Educação Pública”, concluiu.

(Assessoria de Comunicação do ANDES-SN com edições da ASPUV)