Ocupa Brasília reúne trabalhadores e estudantes em defesa da educação e contra privatizações
Cerca de 5 mil pessoas manifestaram em defesa da educação, dos serviços públicos e contra as privatizações durante o Ocupa Brasília, ato realizado na última terça-feira (14), na capital federal. A ASPUV participou, representada pelo seu tesoureiro, Allain Oliveira.
As atividades começaram com uma concentração em frente ao Anexo 2 da Câmara dos Deputados. Representantes do movimentos sindical e do movimento estudantil fizeram falas, destacando os cortes orçamentários e a defesa da educação enquanto um direitos de todos. Servidores da FUNAI se juntaram ao grupo e denunciaram o então desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. A categoria anunciou greve pela exoneração do presidente do órgão, Marcelo Xavier.
Audiência pública debate retrocessos
Paralelamente, dentro do Congresso, era realizada uma audiência pública com o tema Retrocessos Econômicos, Sociais e Ambientais do Governo Federal. O presidente em exercício do ANDES-SN, Milton Pinheiro, representou o sindicato nacional na atividade.
“Muitas das nossas universidades não chegarão a setembro, do ponto de vista do seu funcionamento, em virtude das atitudes criminosas do governo Bolsonaro e seus apoiadores no Congresso Nacional. Além disso, precisamos nos preocupar com o acesso e permanência dos estudantes, em especial dos cotistas que, diante desses cortes, são aqueles que serão mais atingidos por esse sistema de ataques à educação e ao povo brasileiro”, ressaltou.
Pinheiro destacou ainda o avanço da miséria, do desemprego e da fome, além da luta em defesa das estatais brasileiras e pelo fortalecimento da soberania nacional. O presidente em exercício do ANDES-SN também lembrou a mobilização dos servidores federais, em campanha unificada pela recomposição salarial de 19,99%, pelo fim do teto de gastos (EC nº95) e derrubada total do projeto de reforma administraria (PEC 32).
Ato político-cultural encerra Ocupa Brasília
Na sequência, os manifestantes subiram a Esplanada dos Ministérios, em direção ao Ministério da Educação (MEC). Com faixas, cartazes e palavras de ordem, chamaram atenção para o desmonte da educação, da ciência e tecnologia públicas, destacando o risco de fechamento das universidades e institutos federais por falta de verbas.
O Ocupa Brasília terminou com um ato político-cultural em frente ao Teatro Nacional com apresentação do rapper GOG e do grupo de Maracatu de Brasília.
“Nossa avaliação é de que foi um ato muito importante (…). É uma retomada de um movimento maior de massas muito importante, especialmente nesse momento em que as universidades estão sucateadas, com corte de orçamento, que a assistência estudantil está dilapidada e que muitas instituições estão sem restaurante universitário. Nós protocolamos uma pauta unificada no MEC e estamos exigindo audiência. E esse movimento hoje vai impulsionar a luta e pressionar para que sejamos recebidos”, avaliou Regina Ávila, secretária-geral do ANDES-SN.
(Assessoria de Comunicação do ANDES-SN com edições da ASPUV)