Servidores federais criam Comando Nacional de Mobilização
Os servidores públicos federais deram mais um importante passo na luta pela recomposição salarial de 19,99%. Na última quarta-feira (19), foi criado o Comando Nacional de Mobilização e Construção da Greve. O objetivo é unificar as iniciativas da base, além de fortalecer a organização das diversas categorias do funcionalismo em todas as regiões do país.
“Sabemos que estamos em uma situação difícil, mas é necessária essa luta para dar a devida resposta a Bolsonaro e seu governo de ultradireita, negacionista e contra o trabalhador. Só vamos conquistar com mobilização. Só vamos conquistar se os trabalhadores do serviço público forem às ruas, fizerem greves e construírem um enfrentamento concreto”, disse o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, central sindical à qual o Andes-SN é filiado, durante o lançamento do comando, que foi transmitido ao vivo pela página da ASPUV no Facebook.
O Comando Nacional de Mobilização e Construção da Greve
A criação do Comando Nacional de Mobilização e Construção da Greve faz parte da Jornada de Lutas dos Servidores Públicos Federais. Desde o dia 18 de janeiro, o funcionalismo federal, organizado no Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e no Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), está em campanha unificada pela recomposição de 19,99%, índice referente à inflação acumulada durante o governo Bolsonaro. As categorias lutam ainda pela revogação do Teto de Gastos (Emenda Constitucional nº 95) e derrubada completa do projeto de reforma administrativa (PEC 32). Nesse dia, foi protocolada a pauta de reivindicações junto ao Ministério da Economia, mas, ate agora, o governo permanece sem abrir negociação.
Diante desses quase dois meses de silêncio, os servidores realizarão, na próxima quarta-feira (16), um Dia Nacional de Mobilização, Paralisações e Manifestações, que contará também com um ato unificado em Brasília (DF). A data será um ultimato para que o governo abra diálogo. Se, a partir de então, as negociações não começarem em um prazo de sete dias, o funcionalismo promete deflagrar greve.
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(Assessoria de Comunicação da ASPUV a partir de texto do Andes-SN)