Mobilização cresce e pode barrar a reforma administrativa: veja como pressionar
A mobilização contra a reforma administrativa (PEC 32) vem crescendo e dando resultados. Além de mudanças no texto, fez o ritmo de tramitação desacelerar, já que o governo e os seus aliados no Congresso não têm absoluta certeza em relação à sua aprovação. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que a matéria deve entrar em votação no plenário da casa, após o feriado de 12 de outubro. É o tempo que avalia para avançar nas negociações e garantir mais chances para que a PEC 32 passe e vá ao Senado.
Esse intervalo, no entanto, não pode significar um arrefecimento na luta, de modo a diminuir a resistência entre os parlamentares, abrindo caminho para a aprovação da reforma. Pelo contrário: é preciso potencializar a mobilização.
“Temos recebido notícias dos companheiros que estão visitando os gabinetes de que o governo está balançando, está sentindo a mobilização, mas é fundamental entendermos que há recuos táticos desse governo, é preciso ficarmos atentos (…). Nós não podemos aceitar essa destruição da vida da classe trabalhadora, essa destruição dos direitos e dos serviços públicos”, avalia o diretor do Andes-SN, Mario Mariano.
Mobilizações contra a reforma
Em Brasília, há semana, sindicatos de todo o Brasil, entre os quais o Andes-SN, fazem uma espécie de vigília. Entre as ações realizadas, estão atos no aeroporto para recepcionar os deputados, visitas aos gabinetes e protestos cotidianos em frente ao Anexo 2 da Câmara.
Paralelamente, a mobilização ocorre também nas redes sociais. A orientação, nesse sentido, é ir aos perfis dos parlamentares e exigir que eles rejeitem a PEC 32. Essa cobrança também pode ser feita enviando mensagens no e-mails e WhatsApp. A ferramenta Na Pressão disponibiliza os canais de comunicação de todos os deputados. Funciona de forma muito simples: basta escolher o parlamentar e o canal, pelo qual quer pressionar. Para acessá-la clique aqui. O Na Pressão contabiliza, até o momento, 296 deputados favoráveis à proposta e 88 indecisos. Para ser aprovada, a reforma precisa de 308 votos favoráveis em dois turnos.
Ainda nas redes sociais, outras estratégia é o compartilhamento de conteúdos, que explicam os perigos contidos no projeto. É importante mercar as hashtags* ligadas à mobilização (como #PEC32não), de modo a se aglutinar o maior volume de conteúdos relacionadas à rejeição à PEC 32.
Outra forma de pressão é pelo abaixo-assinado que será entregue à Presidência da Câmara. Mais de 140 mil assinaturas foram recolhidas e a meta é chegar às 150 mil. Clique aqui para participar.
*hashtags: palavra ou expressão antecedida por cerquilha – # -, que permite a indicação e o agrupamento de conteúdos relacionados em determinada rede social.
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