Por que ser contra a privatização dos Correios?
A Câmara dos Deputados deve votar, nos próximos dias, o Projeto de Lei (PL) 591/21, que trata da venda dos Correios. O presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL), já colocou a proposta na pauta de discussões.
A privatização da empresa, no entanto, representa um grave ataque à soberania nacional e à garantia de direitos à população brasileira. A ASPUV mostra, a seguir, por que ser contra a venda.
1 Correios são estratégicos
Os Correios são uma empresa estratégica para o país, a única a chegar a todas as cidades brasileiras. Em 60% dos municípios, são o único representante da União e, em 30%, o único correspondente bancário. Muito mais do que entrega de correspondências, são responsáveis por distribuir medicamentos, vacinas, materiais escolares e a prova do ENEM. Dessa forma, garantem direitos à população brasileira, principalmente para aquela das regiões mais ermas e afastadas dos grandes centros urbanos.
2 Cidades ficarão desassistidas
Com uma possível privatização desses serviços, esses locais mais distantes certamente ficarão desassistidos. Empresas privadas querem lucro, já sabemos, logo, não terão interesse em manter atividade nessas regiões, onde terão prejuízo.
Inclusive é importante lembrar que transportadoras privadas já subcontratam os Correios para entregas em locais onde não têm interesse em se instalar.
3 Correios são lucrativos
Os Correios são estatais altamente lucrativas, apesar do sucessivo desmonte pelo qual passa. Em 2020, registram saldo positivo de R$ 1,53 bilhão. Além do mais, são autossuficientes, o que significa que não dependem de recursos extras do orçamento federal.
4 Correios funcionam bem, apesar do sucateamento
Vítimas daquela conhecida estratégia para privatização (sucateia, fala-se que o serviço não é bom e vende-se a estatal a preço de banana), os Correios sofrem com o desmonte. Há nove anos, a empresa possuía 128 mil ecetistas e, hoje, atua com apenas 99 mil. Mesmo assim, os serviços prestados por nossa estatal são reconhecidos pelo mundo. Ela já foi indicada e venceu a premiação World Post & Parcel Awards, considerada uma espécie de “Oscar” do serviço postal. E isso recentemente, a última vez foi no ano passado.
5 Serviços postais mais caros a exemplo dos países que privatizaram é ruim
Poucos países venderam o seu serviço postal. Aqui no Brasil, defensores usam recorrentemente o exemplo da Alemanha. No país europeu, no entanto, mesmo após um longo processo, a venda implicou o aumento em até 400% no preço dos serviços para consumidores comuns e no fechamento de 38 mil postos de trabalho, segundo jornal Deutsche Welle.
Confira também:
– Rádio ASPUV #35 Privatizações
*Crédito da foto em destaque: Marcelo Camargo – Agência Brasil
(Assessoria de Comunicação da ASPUV)
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