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A ASPUV é uma das entidades signatárias de um manifesto que cobra a destinação de 1% da receita orçamentária mineira para a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), conforme previsto na Constituição Estadual.

Há anos, a Fapemig vive crise de financiamento, acentuada em 2019 com o corte de mais de 5 mil bolsas de pesquisa. “Nossa Fundação de fomento à pesquisa opera hoje com menos de 25% do orçamento com o qual operava em 2015. Programas de grande impacto para a formação de pesquisadores e consolidação da pesquisa em diversas áreas estratégicas, como meio ambiente, informática, metalurgia, humanidades, medicamentos e vacinas, foram interrompidos”, alerta o manifesto.

Além do repasse mínimo de receitas à Fapemig, as entidades também que parte desse orçamento não vá para outros fins, como ocorre atualmente, com a destinação de 40% da verba a projetos sob responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

“Temos campi de Universidades Estaduais e Federais, Institutos Federais e CEFET distribuídos em 110 municípios de Minas Gerais. Essas Instituições Públicas de Ensino, Pesquisa e Extensão constituem polos de desenvolvimento regional que, para continuar cumprindo esse papel, precisam de recursos, entre eles, o financiamento que cabe à FAPEMIG fazer. Para superar as muitas crises que enfrentamos, é preciso investir no Sistema Único de Saúde, na Educação Pública, em Ciência e Pesquisa. É preciso rever profundamente a lógica de elaboração do orçamento. Isso significa interromper a vultosa transferência de recursos públicos para o mercado financeiro por meio do sistema da dívida pública. Ao fazê-lo abre-se caminho para os necessários investimentos de modo a garantir o acesso aos direitos sociais previstos na Constituição”, diz o texto.

O manifesto na íntegra pode ser lido aqui.

Em defesa da Fapemig e da ciência mineira!

Neste mês de outubro, a ASPUV passou a integrar e apoiar as ações da Inteligência Coletiva Minas Gerais. Trata-se de um coletivo coordenado pela Secretaria Regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – Minas Gerais (SBPC-MG), Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Minas) e da Presidência da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que reúne professores/as e  pesquisadores/as de várias instituições.

A Inteligência Coletiva Minas Gerais tem o objetivo de pensar soluções à crise sanitária causada pelo novo coronavírus bem como àquelas já vividas pelo estado, como o desemprego, a falta de renda e os baixos investimentos públicos em educação, ciência e saúde. Um dos eixos de ação é a defesa da Fapemig e da ciência do estado, por meio de diversas atividades como abaixo-assinado a ser entregue ao governador Romeu Zema, disponível aqui.

*Crédito da foto em destaque: Agência Minas

(Assessoria de Comunicação da ASPUV)