Pressione deputados e senadores contra cortes na educação
A educação pública brasileira pode perder R$ 4,2 bilhões em 2021, se mantida a previsão do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), de autoria do Governo Federal. Somente as universidades e institutos federais devem sofrer corte de R$ 1,4 bilhão, o que inviabilizaria a manutenção das atividades.
Por isso, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) lançou uma campanha de mobilização contra o corte. “No contexto da pandemia, os desafios tornaram-se ainda maiores e os investimentos deveriam ser ampliados para garantir condições adequadas de trabalho e estudo, quando for possível e seguro retomarmos as atividades presenciais, porém, no âmbito federal a proposta orçamentária para 2021 vai no sentido inverso o que exige de nós a intensificação da luta em defesa da educação pública”, analisa o presidente Antonio Gonçalves.
Uma das frentes é a pressão sobe deputados e senadores, de modo que o projeto sofra alterações durante a sua tramitação e a tesourada na educação seja revertida. “Isso deverá ser feito enviando e-mails, pressionando nas redes sociais, solicitando reuniões com parlamentares e bancadas. Ainda, daremos início à divulgação nacional de uma campanha de denúncia dos cortes para contribuir no nosso trabalho de base”, explica Gonçalves.
O Andes-SN disponibilizou às bases a lista de contatos de deputados e senadores, além de um modelo de carta que pode ser enviado. Confira abaixo:
Universidades podem não funcionar em 2021
A proposta de orçamento elaborada pelo Governo Federal prevê queda de 18,2% nos recursos destinados ao Ministério da Educação. O mesmo percentual seria aplicado nas universidades e institutos, o que corresponderia à perda de R$ 1 bilhão para as primeiras e R$ 434 milhões aos segundos. A redução se dá sobre as chamadas despesas discricionárias, que englobam, entre outros, compra de materiais, água e luz, obras, pagamento dos terceirizados e assistência estudantil.
O corte dessa magnitude significa o não funcionamento das instituições, conforme alerta de entidades como o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Federal (Andifes).
(Assessoria de Comunicação da ASPUV com informações do Andes-SN)
No momento no qual vivemos investir na educação é um compromisso com o país. O descaso com as universidades públicas é descaso com a nação.