Consulta pública tenta legitimar Future-se sem permitir efetiva participação
A consulta pública do Future-se tenta legitimar o programa sem permitir uma efetiva participação popular. A avaliação é do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), divulgada em nota assinada pela diretoria.
Para o sindicato, “além de exigir dados pessoais de quem dela participa, as perguntas da consulta pública engessam qualquer contribuição mais crítica, pois apresenta apenas as opções: acha que o tópico está ‘totalmente claro’, ‘claro com ressalvas’ ou ‘se não está claro’, permitindo apenas adicionar algum comentário” (como mostrado na imagem a seguir), o que inviabiliza que os graves erros da proposta sejam corrigidos.
O Andes-SN lembra ainda que a consulta foi aberta por um breve tempo coincidindo ainda com as o período de férias de uma ampla parcela das universidades. Diante dos motivos expostos, orienta a não participação na consulta.
Leia a nota completa do sindicato nacional aqui.
Future-se quer alterar 17 leis brasileiras
O Future-se será enviado em forma de projeto de lei ao Congresso Nacional. A minuta da proposta aponta que o governo pretende alterar 17 leis brasileiras com o programa, entre elas, a de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Também deve ser modificada a Lei nº 12.550, de modo a permitir que hospitais universitários realizem atendimentos via convênios de saúde, não mais apenas pelo SUS como é hoje.
Leia também:
– 15 motivos para ser contra o Future-se;
– Future-se abre caminho para a privatização das universidades;
– UFV e outras universidades mineiras se manifestam sobre o Future-se;
– Nota da ASPUV aos sindicalizados: futuro da universidade federal em risco.
(Assessoria de Comunicação da ASPUV)