Pela terceira vez em um mês, ato público em Viçosa repudia reforma da Previdência e cortes na educação
Pela terceira vez em um mês, trabalhadores e estudantes foram às ruas de Viçosa protestar contra o atual projeto de reforma da Previdência e a política de cortes na educação e ciência. O ato público da última sexta-feira (14) marcou a programação local de um dia de Greve Geral em todo o país chamado pelas centrais sindicais brasileiras. Sindicalizados aprovaram a adesão ao movimento em assembleia realizada no dia 28 de maio.
“Um movimento ordeiro, organizado, simplesmente exercendo o nosso direito de livre expressão. Mostrar para esse país que a reforma da Previdência é um grande desmonte. Não só a reforma da Previdência, como também esse desmonte da educação pública, que está sendo feito”, destacou a presidenta da seção sindical, Junia Marise.
A concentração do ato começou às 07 horas no trevo da antiga concessionária Fama. Com faixas e panfletos, os participantes desceram em caminhada pela Avenida Marechal Castelo Branco dialogando com comerciantes e outros moradores da cidade. O percurso seguiu até a Estação Cultural Hervé Cordovil e, de lá, às Quatro Pilastras, onde a atividade foi encerrada com falas dos representantes das entidades organizadoras e atividades culturais. Todo o trajeto foi acompanhado pela Polícia Militar.
Diretores, integrantes do Conselho Deliberativo e vários professores da base da ASPUV participaram. “A gente está aqui nessa manifestação em Viçosa marcando uma posição dos trabalhadores contrários à reforma da Previdência da forma como ela está sendo feita sem um diálogo com a sociedade e colocando nas costas do povo um dívida que não necessariamente é a do povo. Nesse sentido, estamos demarcando aqui a nossa posição contrária a esse processo e marcando também a nossa posição em defesa da democracia com direito de falar ‘não’, com direito de discordar e com direito de ocupar as ruas”, destacou o professor do Coluni, Geraldo Emery.
“Nós estamos aqui participando desse movimento importante nacional, onde se chama atenção para a educação (…). Eu estou aqui pela minha consciência, para nos organizar contra tudo aquilo que vai contra a educação. É importante lutar por uma educação que seja para todos”, lembrou o professor aposentado do Departamento de Educação e integrante do Conselho Deliberativo da ASPUV, Edgar Coelho.
A ASPUV foi uma das organizadoras da atividade em parceria com outros sindicatos, entidades estudantis e movimentos sociais da região. O presidente da Associação dos Servidores Administrativos da UFV (ASAV), Reinaldo Batista, lembrou que, desta vez, o ato seguiu uma metodologia e um trajeto diferentes, indo além da região central da cidade. “Hoje é um dia histórico para nós aqui de Viçosa e para nós do movimento coletivo. Em linhas gerais, um dia histórico para o trabalhador. Nós fizemos um movimento diferente, uma metodologia diferente, que é dialogar diretamente com o trabalhador da cidade”, disse.
Greve Geral
O dia 14 de junho foi um dia de Greve Geral chamado pelas centrais sindicais brasileiras. Inicialmente, a mobilização foi convocada pelo direito à aposentadoria e contra a reforma da Previdência. Posteriormente, foi somada a luta contra os cortes na educação e ciência públicas. Foram registrados atos em cerca de 380 cidades, levando milhões de pessoas às ruas.
Este foi o terceiro dia de mobilizações e ato públicos coordenados no país em um mês. Em 15 de maio, foi realizada uma Greve Nacional em Defesa da Educação, motivada pelo anuncio dos contingenciamentos orçamentários nas universidades e institutos federais. Pouco depois, dia 30 foi um segundo dia de mobilizações pela educação pública convocado por entidades estudantis e aderido também pelos sindicatos.
Viçosa acompanhou todas essas datas com grandes mobilizações e atos públicos, tendo a ASPUV como uma das organizadoras da programação local.
(Assessoria de Comunicação da ASPUV)