Defesa da educação pública faz a maior manifestação dos últimos anos em Viçosa
Foi ainda maior do que o dia 15 de maio. Cerca de 7 mil pessoas foram às ruas de Viçosa nessa quinta-feira (30) em um segundo grande ato público em defesa da educação e ciência públicas. Foi a maior manifestação realizada na cidade nos últimos anos. Dezenas de sindicatos, entidades estudantis e movimentos sociais estiveram envolvidos na organização, incluindo a ASPUV.
Programação começou cedo
Logo pela manhã, um grupo se concentrou em frente às Quatro Pilastras. Houve panfletagem e confecção de cartazes. Os manifestantes puxavam palavras de ordem.
A programação oficial da ASPUV começou às 14h no mesmo lugar. Centenas de trabalhadores e estudantes se reuniram no gramado para aula pública sobre a educação e atividades culturais. Foi uma concentração para o ato público, que saiu por volta das 17h30.
Ao longo do percurso, mais pessoas foram se somando. Os manifestantes tomaram conta da Avenida Ph. Rolfs, Calçadão e Avenida Bueno Brandão. Na sequência, desceram novamente até as Quatro Pilastras e entraram pelo campus da UFV até a reitoria. A estimativa é de cerca de 7 mil participantes. Número acima do registrado em 15 de maio, quando foi realizado o primeiro grande ato em defesa da educação e 5 mil pessoas foram às ruas de Viçosa. Dezenas de professores e integrantes da Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo da ASPUV estiveram presentes.
“Temos dois projetos diferentes. Um que é a favor do povo. E outro que privilegia somente as elites. Nós queremos fazer a distinção, contrapor um projeto ao outro (…). Nós esperamos que esse dia marque um dia importante contra os ataques à educação pública do Brasil. Queremos que a população se junte a essa luta, porque ela vai beneficiar principalmente aquelas pessoas que, hoje, estão perdendo esses direitos, que é a classe mais necessitada, a classe trabalhadora mais pobre”, disse o tesoureiro da ASPUV, Edilton Barcellos, durante a atividade.
“Estamos mostrando pra população viçosense a importância da educação, da pesquisa e a importância de nos manifestarmos contra os cortes da educação e contra a reforma da Previdência. É o momento de lutarmos por um país melhor e pelo futuro dos nossos jovens”, completou o secretário adjunto da seção sindical, Jener Zuanon.
Clique aqui e veja vídeo produzido pela ASPUV com registros do ato público em Viçosa.
Mobilização em todo o país
Centenas de cidades em todo o país realizaram atividades nesse 30 de maio em defesa da educação. A mobilização partiu de entidades estudantis e foi aderida, posteriormente, por sindicatos trabalhistas.”A juventude do Brasil todo está nas ruas, ocupando as ruas em defesa da educação, contra essa reforma da Previdência que está sendo colocada à nossa sociedade brasileira (..). Em defesa ainda da assistência estudantil, entendendo que a universidade é um espaço do povo”, lembrou o integrante do movimento Levante Popular da Juventude, Vinícius Vieira, durante o ato em Viçosa.
A ASPUV aprovou paralisação no dia em assembleia realizada na última terça (28). A votação seguiu encaminhamento do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN).
14 de junho
A classe trabalhadora brasileira se prepara, agora, para uma nova data de mobilizações: 14 de junho será dia de Greve Geral, chamada pelas centrais sindicais. Ainda mais ampla que as de 15 e 30 de maio, esta agregará diversos outros segmentos além da educação. Os protestos serão em defesa do direito à aposentadoria e contra a reforma da Previdência.
Os sindicalizados à ASPUV também já aprovaram adesão à greve na assembleia de terça.
Leia também:
– Cinco mil pessoas participam de ato em Viçosa no dia de Greve Nacional da Educação;
– Ato em Viçosa repercute na imprensa nacional.
(Assessoria de Comunicação da ASPUV)