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Seção Sindical dos Docentes da UFV
Deputado faz gesto ameaçando dirigente do Andes durante sessão que analisava o Escola sem Partido

O deputado federal Eder Mauro (PSD/PA) fez com as mãos gesto como de quem iria dar tiros no dirigente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Cláudio Mendonça. A intimidação ocorreu durante sessão da Comissão Especial da Câmara Federal, que analisava o Projeto de Lei (PL) 7180/14, que trata do Escola sem Partido. Além do gesto, o parlamentar chamou o professor de “bandido”. Mendonça é segundo tesoureiro e integrante da coordenação do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) do sindicato nacional.



Para o Andes, esse foi um ato de violência: “trata-se de uma ameaça à democracia, à cidadania e à liberdade de expressão”, pontuou a direção da entidade. O Andes repudia todo e qualquer tipo de ameaça e adotará as medidas cabíveis que protejam seus dirigentes e a sua base. “O enfrentamento ao discurso de ódio contra professores, escolas e universidades deve ser feito de forma incisiva e unificada”, sustentou a entidade.



Votação adiada novamente

Mais uma vez, a votação do PL conseguiu ser adiada. Devido à ordem do dia na Câmara, os trabalhos da comissão precisaram ser interrompidos.



Parlamentares da oposição, movimentos sociais e sindicatos da educação questionam a Constitucionalidade do projeto. Segundo a Agência Câmara de Notícias, a deputada Alice Portugal (PCdoB) pediu a suspensão dos trabalhos da comissão até que o Supremo Tribunal Federal (STF) se posicione sobre o tema. No próximo dia 28, o STF deve julgar uma lei estadual de Alagoas com conteúdo semelhante ao do PL em debate.



Muitas pessoas foram impedidas de entrar na Câmara por causa da lotação do plenário. O corredor de acesso à sala foi bloqueado por cordas e duas policiais legislativas barravam a passagem de visitantes. Para o representante do Andes na sessão, Cláudio Mendonça, a pressão das entidades presentes foi de grande relevância: “as entidades, que estavam presentes, cumpriram um papel importante. Primeiro, ao tentar mostrar mais uma vez, o caráter antidemocrático, fascista deste projeto que tenta cercear as liberdades dos docentes e colocar nas costas dos docentes a responsabilidade, que cabe ao Estado, dos problemas graves que a educação brasileira possui”.


Crédito da imagem em destaque: divulgação Andes

(Assessoria de Comunicação da Aspuv com informações do Andes)

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